Lula condiciona pré-candidatura a presidente

Silvio Santos vê decisão de Fachin como vitória do Estado Democrático de Direito

Por Joedson Telles

Ao comentar a decisão do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), que anulou, nesta segunda-feira, dia 8, todas as condenações do ex-presidente Lula (PT) pela Justiça Federal no Paraná relacionadas à Operação Lava Jato, o ex-presidente da legenda em Sergipe, Silvio Santos, resumiu a notícia como uma vitória do Estado Democrático de Direito – e da própria Constituição.

“Recupera-se, assim, o debate sobre a competência processual tão reclamada por vários juristas, desde o início deste processo. Ao mesmo tempo que o Supremo Tribunal Federal reconhece a incompetência do Moro, que se julgava acima da Constituição e das leis; precisa agora tratar da evidente parcialidade do ex juiz e da Força Tarefa de Curitiba. Isso é crucial para a credibilidade do nosso sistema de justiça, que foi maculada pelas peripécias da malta de Curitiba”, disse Silvio Santos.

Pré-candidatura a presidente 

Com  a decisão do ministro Edson Fachin, o ex-presidente Lula volta a ser elegível, e uma pré-candidatura sua à Presidência da República, nas próximas eleições, de acordo com Silvio Santos, não estaria descartada.

“Lula declarou, hoje, em uma entrevista ao jornal El País, que só se candidatará, em 2022, se seu nome for consenso entre os partidos de esquerda. Está aí, portanto, o desafio dos partidos progressistas em encontrar um nome tão competitivo e em condições de derrotar a direita fascista, quanto o dele”, entende o petista.

Justiça

Provocado sobre a ideia de o ex-presidente buscar na Justiça uma reparação para o tempo que ficou preso, Silvio Santos observou que Lula ficou 580 dias preso, e prova-se, agora, pela decisão do Ministro Fachin, ilegalmente. “Não pode ficar por isso mesmo. Não é justo”.