body { -webkit-touch-callout: none; -webkit-user-select: none; -khtml-user-select: none; -moz-user-select: none; -ms-user-select: none; user-select: none; }

Luciano Pimentel entrega a vice-presidência do PSB e não será candidato pela legenda

Deputado revela que foi abandonado pelo partido na campanha 2018

Por Joedson Telles

Reeleito deputado estadual nas eleições 2018 pelo PSB, o então vice-presidente da legenda, em Sergipe, Luciano Pimentel, entregou o cargo ao presidente, o deputado federal Valadares Filho, e, dificilmente, disputará pela legenda as eleições 2022. A saída soa questão de tempo. O deputado justifica a decisão revelando a falta de apoio à sua campanha por parte do PSB – leia-se por parte do cacique o líder maior do partido, o senador Antônio Carlos Valadares. “Eu me senti sozinho na campanha. Abandonado. Fiz a campanha pelo senador Valadares e por Valadares Filho… A decisão é que, numa futura eleição para deputado, que vai acontecer em 2022, dificilmente serei candidato pelo PSB”, afirma Luciano Pimentel.

“Eu tive uma eleição muito difícil. Tive o apoio de lideranças importantes do PSB, principalmente nos municípios que são administrados pelo partido. Também, em Simão Dias, tive integralmente o apoio do partido. Mas eu senti que, durante a campanha, o partido demonstrou interesse por outros candidatos, e não à minha candidatura. Trabalhei até o último minuto defendendo a candidatura de Valadares Filho por quem eu tenho o maior carinho. Independente de qualquer coisa, ao cargo que Valadares Filho for candidato terá meu voto porque reconheço nele um grande político e Sergipe ganha com a atuação dele. Qualquer que seja a decisão futura dele terá meu apoio. Entretanto, enquanto candidato, não mais gostaria de, numa futura eleição, concorrer da forma que foi nesta eleição”, desabafou.

Luciano Pimentel salienta a ajuda importante que recebeu por parte de amigos para o êxito da sua reeleição. Todavia, lamenta que o PSB não tenha tido postura idêntica. “Não tive ajuda financeira do partido. Enfrentei muita dificuldade, tanto que eu esperava ter uma votação muito mais significativa e não tive porque várias lideranças entraram em meus espaços. Como eu não tinha condição de segurar, o resultado foi uma votação muito inferior a esperada”, lamenta.

“Essa decisão, eu tomei desde o dia 28 de setembro, apesar de me manter firme na defesa dos nomes do senador Valadares e de Henri Clay, para o Senado, e de Valadares Filho para governador. E fiquei com Valadares Filho até o último momento. Até no momento que ele deu entrevista reconhecendo a eleição do candidato adversário, eu estava ao lado dele. Eu tenho Valadares Filho como um homem correto, íntegro, um político que tem futuro, e continuarei sendo eleitor dele. É um voto de convicção”, disse.

Luciano assegurou ainda desconhecer as análises que foram feitas, os critérios adotados pelo PSB para não priorizar sua candidatura. “Eu, como o único deputado do PSB na Casa, acho que fui coerente com o partido. Mas, infelizmente, isso (apoio) não aconteceu. Eu me senti desprestigiado e abandonado pelo partido. Como ser o vice-presidente do partido no estado e não ter nenhuma força dentro do partido? É melhor dar espaço a outro, tocar minha vida e tentar fazer um mandato melhor do que o primeiro”.

Postura independente

Luciano adianta que a sua decisão não o jogará na bancada de situação na Assembleia Legislativa, apesar de ter um bom relacionamento com o governador Belivaldo Chagas (PSD), que, inclusive, foi importante na sua primeira eleição como deputado. O deputado assegura que, ao menos neste momento, estará independente.
“Sempre foi amigo pessoal de Belivaldo, mas não acompanhei ele. Ainda assim, o partido não reconheceu a minha fidelidade. Nesse momento, eu não penso em ir para a base de governo e nem ficar na oposição. Eu entendo que eu deva ser um parlamentar independente, votando nas ações que eu considero que seja do interesse da sociedade. É isso que a sociedade espera”, afirma.

Diante da observação que quem toma as decisões dentro do PSB é o senador Valadares, Luciano disse que não faria essa afirmativa porque o deputado federal Valadares Filho tem muita força no partido. “Eu acredito que ele tenha até mais predominância no partido do que o senador aqui no estado. Entretanto, na campanha, logicamente, que, como candidato a governador, Valadares Filho não poderia estar participando das ações operacionais do partido. Ele tinha uma agenda apertada. Reconheço que ele não teve nenhuma participação daquilo que eventualmente o partido deixou de fazer por mim”, disse. Já sobre o senador Valadares…

Modificado em 20/11/2018 20:49

Universo Político: