Outro ponto rejeitado pelo Plenário da Câmara foi a constitucionalização do financiamento privado de campanha. O deputado Laércio também votou a favor da proposta por considerar que financiamento exclusivamente público de campanha vai encarecer a campanha para o estado. “O Fundo Partidário foi triplicado para quase R$ 900 milhões só com a ideia de se discutir o financiamento exclusivamente público de campanha, imagina com esse sistema aprovado. O que é preciso é mais fiscalização para que a população possa fazer o cruzamento de informações entre as doações e as administrações do prefeito, governador ou presidente eleitos, como acontece em países desenvolvidos”, explicou o deputado.
Ainda serão debatidos pontos como o da reeleição. “Os candidatos a reeleição na maioria das vezes, acabam usando a máquina a seu favor. E o segundo mandato é sempre pior do que o primeiro”, disse Laércio, que também defende a coincidência das eleições, ou seja, as eleições municipais, estaduais e nacionais deveriam ser ao mesmo tempo. “É uma economia de recursos e não prejudica a administração a cada dois anos. Hoje os políticos vivem permanentemente em campanha eleitoral”. Além disso, segundo ele, os partidos poderiam formular propostas coerentes para os âmbitos federal, estadual e municipal, o que poderia fortalecer as legendas.
O parlamentar também é a favor do voto facultativo e defende que a reforma política é o primeiro passo imprescindível para se iniciar um processo de melhora na qualidade da política brasileira, no modo de se votar e ser votado. “É o início de uma boa e eficiente administração pública. É preciso um sistema eleitoral moderno para melhorar a qualidade da política”, disse.
Enviado pela assessoria
Modificado em 27/05/2015 19:29