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Jornalismo? Só jornalista. É óbvio

Iunes: serviços prestados. Como policial

Por Joedson Telles

Nesta quarta-feira 17, o presidente do Sindicato dos Jornalistas de Sergipe (Sindijor), o jornalista Paulo Sousa, respondeu, em sua página no Facebook, ao radialista e jornalista Gilmar Carvalho, que, segundo Paulo Sousa, criticou, em seu programa na Mix FM, a posição do Sindijor contrária à notícia que o ex-comandante da Polícia Militar de Sergipe, coronel Maurício Iunes, estaria com tudo pronto para apresentar um programa na TV Atalaia.

Cumprindo a sua obrigação, diga-se, o Sindijor se antecipou aos fatos e bateu de frente. Lembrou à direção da TV que só é permitido o exercício do jornalismo aos jornalistas. Nada contra o coronel. Muito menos a pessoa de Maurício Iunes, mas tudo contra jornalismo sendo exercido por quem não é jornalista.

“Gilmar Carvalho, que é funcionário da empresa, fez criticas ao Sindijor pelo fato deste exigir o diploma de jornalista pra quem quer atuar na área. O discurso, como sempre, o mais vazio possível. Muita coincidência. Um detalhe: Gilmar não tem diploma por ser provisionado. Independente de opiniões contrárias, os jornalistas e sua entidade de classe não abrem mão da formação específica. Respeitamos a opinião do colega, mas não concordamos em hipótese alguma”, postou Paulo Sousa.

Evidente que notícia seria Paulo Sousa dar de ombros para a situação. Não fazer o que já fez em casos semelhantes por se tratar de Iunes. Aí, sim, mereceria críticas não apenas de Gilmar Carvalho, mas de todos nós jornalistas. Mas enquanto presidente do Sindicato dos Jornalistas, Paulo Sousa agiu de forma acertada. Coerente. Nota 10.

Nenhum jornalista vê com bons olhos uma pessoa que não é graduada em jornalismo exercendo a função. Por que ser omisso pelo fato de se tratar de um coronel da PM? O que o Sindjor deve a coronel Iunes para não ter moral de barrar o que vê como equívoco? Se deve, vamos pagar.

Confesso que não chequei a informação. Mas se o coronel Iunes é jornalista, não há problema algum. Houve um mal entendido. Todavia, se não for, nem precisava o Sindijor ir à TV ou precisa ir à Justiça. O próprio coronel deve refletir e recusar o convite para exercer o papel de jornalista sem nunca ter pisado os pés numa universidade para se graduar na área. Um homem público com relevantes serviços prestados a Sergipe como o coronel Iunes não precisa avocar tamanho desgaste para sua boa imagem.

Modificado em 17/08/2016 19:50

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