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Jackson: “Vou ter que lutar contra a ditadura na comunicação” Jackson em entrevista

O governador Jackson Barreto (PMDB) endureceu o discurso sobre a postura das emissoras sergipanas de televisão em relação à sua reeleição e à campanha presidencial. Em entrevista ao programa Hora da Verdade, na 103 FM, apresentado pelo radialista George Magalhães, Jackson criticou a falta de imparcialidade dos veículos de comunicação e voltou a afirmar sua aposentadoria após o fim do mandato, em 2019.

“Aracaju passará a ser a segunda capital do país em esgotamento sanitário porque recebemos recursos e investimentos do governo federal. Temos muito que agradecer a Dilma e Lula. Como não vamos agradecer? Ontem, uma jornalista da TV Atalaia me disse para não falar muito em Dilma porque o dono da televisão não quer que divulgue o nome dela. Querem implantar uma ditadura da comunicação em Sergipe. Eu lutei contra a ditadura militar e agora vou ter que lutar contra a ditadura na comunicação, contra dono de televisão que quer ser censor de entrevista de governador”, declarou.

“Quem está mandando os recursos para Sergipe é Dilma, eu tenho que falar no nome dela. Vou falar de Augusto Franco Neto? O que Augusto Franco Neto fez por Sergipe? Quero chamar a atenção de Walter Franco. Doutor Walter, respeito a sua pessoa, mas o senhor precisa tirar seu filho da frente da TV porque ele está muito atrasado. Teremos conflitos porque não vou me calar. Dei os melhores anos da minha vida pela democracia. Não aceito censura de nenhuma emissora”, desabafou.

Jackson lembrou que durante a campanha eleitoral, os proprietários das principais veículos de Comunicação apoiaram o candidato Eduardo Amorim porque tinham interesses políticos envolvidos.

“Televisão e rádio são concessões públicas. Já não basta o que fizeram na campanha? Vocês foram derrotados, agora esperem quatro anos para disputar eleição. Impedir de se falar a verdade vai de encontro à história da TV Atalaia”.

Racha no PSB

“As bases do PSB de todo o interior do estado estão com Dilma. Como eu não sou artista, não vou entrar nesse teatrinho. Eu fiz campanha para Dilma com o prefeito de Estância, que é do DEM, com o prefeito de Itabaianinha que é do PSDB, com os prefeitos do PSB, recebi a solidariedade de Belivaldo. Não estou preocupado com o que o senador Valadares faz. Estou em paz com a minha consciência”, disse sobre o apoio do senador Valadares a candidatura de Aécio Neves.

Jackson voltou a declarar sua aposentadoria após concluir sua gestão. Para ele, é preciso renovar a política sergipana.

“Acho que precisamos renovar na política. Eu já declarei que não serei mais candidato a cargo político. Quando terminar meu mandato de governador, vou para casa dar lugar às novas gerações. Acho que os políticos que estão no poder a muito tempo precisam abrir espaço para os jovens. Valadares, João, Maria, Albano ajudaram o estado, mas já está na hora de irem para casa e abrir espaço para os novos políticos. Precisamos renovar a política do estado”

Jackson também esclareceu que não tem candidato para a presidência da Assembleia Legislativa. “Neste momento, só tenho um candidato que é a presidente Dilma Roussef”, disse sucinto.

O radialista George Magalhães quis saber a opinião de Jackson sobre as críticas ao seu governo feitas pelo senador Eduardo Amorim. O governador reeleito com mais de 122 mil votos de diferença, Jackson minimizou as críticas. “Neste momento, o senador Eduardo Amorim deve se recolher e repensar sua estratégia política. A campanha já passou e o povo não acreditou nas propostas apresentadas pelo grupo dele. Ele deve respeitar a democracia”.

Por Ana Dulce Melo

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