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Jackson precisa de tranquilidade e frieza para espantar a crise e administrar o Estado

Jackson Barreto: momento de focar a gestão

Por Joedson Telles

Passados os primeiros dias da histórica twittada (alguns preferem tuitadas) do governador Marcelo Déda (de um secretário em seu nome?), o governador em exercício Jackson Barreto (PMDB), que usou a experiência para evitar polemizar ainda mais o fato, optando por não rechaçar as duras palavras, precisa, agora, ter tranquilidade e frieza para espantar a crise instalada no governo, de forma que não prejudique à sociedade sergipana. O momento pede cautela, concentração e a inteligência de se cercar de pessoas que, de fato, tenham compromisso com o projeto do grupo para lhe ajudar a governar o Estado.

A propósito, leio no site Sergipe 247 que o deputado federal Márcio Macêdo (PT), ao ser entrevistado, nesta quinta-feira 19, pelos radialistas Alex Carvalho e Jailton Santana, Ilha FM, desmentiu que petistas estariam pressionando Déda para que reassuma o governo, mesmo sem condições de saúde para tal missão. “Não existe isso. É boato. O PT não está debatendo essa questão. A volta de Déda, primeiro cabe a Deus, segundo à decisão dos médicos, e ao próprio Déda. Quando ele estiver em condições de retornar, ele virá cumprir o seu mandato. Enquanto isso, como prevê a Constituição, o vice tocará as obras e as demandas do dia a dia”, foi taxativo o parlamentar, que, observe-se, sempre teve uma postura correta e de lealdade ao governador Marcelo Déda.

Sincero e sem ludibriar ouvintes e internautas, Márcio admitiu que a polêmica poderia ter sito evitada de ambas as partes. E aposta que o trem voltará aos trilhos. “Está superado, vencido. É óbvio que acho que poderia não ter acontecido. Nem a nomeação nem a twittada. Poderia ter tido um diálogo sobre isso, mas Déda e Jackson são dois quadros políticos experientes. Saberemos resolver isso de forma política e respeitosa”, disse.

A exemplo do que já foi dito e ratificado neste espaço, Márcio admitiu que houve o desgaste entre governador licenciado e governador em exercício. E sentenciou: “O projeto de Sergipe é mais importante do que desejos individuais, de mandatos. O momento é oportuno para aglutinar a base aliada com este sentimento de que a gente deve estar unido porque é bom para Sergipe”.

Volto a abusar da paciência dos botões: bolas! Porque um deputado federal do PT, mais que legitimado nas urnas e na história da legenda para opinar, que já demonstrou ter independência em seus juízos de valores, reconhece o desgaste, aposta e se coloca à disposição para restabelecer a harmonia na aliança em nome de Sergipe, mas outras figuras sem expressão emergem para falar asneiras e enganar a sociedade, argumentando que não há crise e jogando a oposição no bolo?

Não é preciso reflexão para se obter a resposta satisfatória: a política sempre abrigará o chamado sangue bom e os goelas. Enquanto o primeiro ajuda a construir, e usa da sinceridade e até da crítica construtiva para isso, os goelas são os pesos mortos. Nunca constroem. Aqueles que policiam quem está no poder, e quem poderá estar, para protagonizar quaisquer papeis, ainda que deploráveis, em nome de alguma boquinha. São descartáveis e descartados por natureza, mas teimam, assim como a mosca na sopa, em sobreviver ao rechace. São mestres em suportar humilhações, aliás. É lógico que para dar recados são insuperáveis, mas, geralmente, fora isso não servem para nada.

Mas voltando a JB, creio que o melhor neste momento para Sergipe é ele, que obviamente sentiu a twittada, não se dar ao luxo de tentar entender a reação de Déda. Não há tempo para isso. “Venceu”, como diz Márcio. Enquanto o governador Marcelo Déda estiver fora de combate, a responsabilidade de administrar o Estado recai sobre os seus ombros. E são vários os problemas deste governo – internos e externos – pedindo soluções.

Só para citarmos dois pontos, caberá a JB, por exemplo, continuar dialogando com sindicalistas, na tentativa de se chegar a um denominador comum, evitando, assim, mais greves em busca de aumento salarial, e cobrar à SSP um projeto eficiente de combate à criminalidade. Resolver problemas pontuais como estes e dar sequência ao trabalho de reconstruir a maioria na Assembleia Legislativa são ações imprescindíveis para o êxito do seu governo. E, óbvio, do seu projeto para 2014.

Modificado em 19/07/2013 10:35