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Jackson não encontra reciprocidade no seu próprio grupo

JB: problemas no agrupamento

Por Joedson Telles

Relembre o que disse o ex-prefeito Edvaldo Nogueira ao site Universo Político.com, depois volto ao gramado.

“Temos uma aliança histórica com o PT, desde 89, e eu tinha uma relação com Déda política e particular também desde 89, e se consolidou a partir dos anos 2000, quando ele foi para prefeitura e eu fui seu vice. Mas, obviamente, agora essa relação não é mais a mesma. Nós temos que reconstruir. Porque o elo de ligação e a capacidade que Déda tinha de fazer alianças e ajeitar todos os interesses isso desapareceu”, ajuizou ele.

No gramado. Alguma dúvida que o ex-prefeito Edvaldo Nogueira coloca em xeque a vocação  de Jackson Barreto para liderar o agrupamento, com a morte de Déda? Também não deve haver dúvidas que ele não tem uma boa relação como o atual PT, presidido pelo deputado federal Rogério Carvalho. Não bastasse trabalhar incansavelmente para tirar Rogério da disputa pela Prefeitura de Aracaju, apostando em Valadares Filho (PSB), no momento em que o PT, ou pelo menos parte dele, defende uma candidatura ao Senado da ex-primeira-dama Eliane Aquino, eis que surge Edvaldo Nogueira a ajuizar claramente a discordância em favor de si mesmo.

Claramente, Edvaldo luta por espaços. Tem que se manter vivo. E antes de criticá-lo, é preciso levar em conta que o comportamento é típico do jogo político. Todavia, partindo para o campo macro, está cristalino: assim como o desgaste criado entre os aliados PSB e o PT, com a polêmica exoneração de Luciano Pimentel da superintendência da Caixa Econômica, o, digamos, açodamento do ex-prefeito comunista surge como mais um problema a cair no colo do governador Jackson Barreto, no processo de suceder a si mesmo.

Jackson sempre teve importantes gestos dentro do agrupamento, mas, visivelmente, não consegue a mesma nobreza. Quem não lembra do seu gesto decisivo para o êxito do atual projeto, quando optou pela não candidatura à reeleição do então prefeito João Gama (PMDB), para estar no palanque de Marcelo Déda, na vitória do grupo, em 2000? Além disso, JB sempre avocou o papel principal de crítico dos adversários, visando desgastá-los. Papel de falar coisas que outros do grupo se arrepiam só de pensar em dar a cara. Na última eleição estadual, em 2010, dando mais uma prova de ser um político de grupo, JB recuou de uma candidatura ao Senado, abrindo, assim, vaga para Eduardo Amorim na chapa com Déda e Valadares. Ao final, as urnas mostraram que se o PSC estivesse fora do grupo, João Alves seria governador pela 4ª vez, naufragando o chamado “projeto das mudanças”.

Apesar da história de fidelidade e sacrifícios em prol do grupo, JB parece não encontrar reciprocidade. Primeiro foi obrigado a governar com as cartas de Déda, mesmo este estando fora de combate. Algo que atrasou muito o seu projeto para 2014. E pode, inclusive, ser decisivo negativamente no resultado das urnas. Apesar disso, JB comeu calado. Agora, quando finalmente começa a montar seu governo, surge o incêndio PSB x PT. E sequer apagou o fogo está obrigado assistir ao PC do B abrir outra polêmica no grupo, ao passar à sociedade que Edvaldo Nogueira quer o Senado, mesmo com o PT falando em Eliane Aquino e sem uma discussão interna, cujo resultado jamais poderia ser incoerente com o projeto Jackson 2014. Decididamente, apesar da sua lealdade ao projeto, Jackson não encontra reciprocidade no seu próprio grupo.

Modificado em 22/01/2014 11:06

Comentários (1)

  • Edvaldo Nogueira e PCDB, não teem votos, nem para eleger um deputado estadual.