“Hoje é um desastre e amanhã será um desastre. Eu fui colega de Bolsonaro na Câmara Federal. Na Câmara, existe um grupo chamada de baixo clero. Ele sempre foi isso. É incapaz de fazer um discurso com profundidade sobre temas que o país precisa ouvir. Sempre aquele discurso em defesa dos militares, da ditadura, sendo uma pessoa de extrema direita, mesmo sem saber o conteúdo da extrema direita. Pra qualquer assunto, ele tem que ter um posto Ipiranga porque não sabe discutir nada”, afirma o ex-governador de Sergipe, Jackson Barreto (MDB).
Sobre os cortes de verbas destinadas às universidades, anunciados pelo Governo Federal, Jackson foi solidário aos estudantes que foram às ruas contra a medida, e ponderou que uma nação, para ser grande, precisa investir em educação. Também citou sua trajetória de vida como exemplo.
“Um funcionário como eu, que era carteiro, cheguei a ser governador do estado. Se não fosse pela educação, não teria chegado aonde cheguei. Eu cheguei por meio da escola pública. O que ele coloca nesse exato momento é o corte nas verbas das universidades públicas. É um presidente incompetente que não tem capacidade de formar uma equipe homogênea capaz de dar um norte a este governo, que está totalmente perdido. Ele agride a educação porque é justamente o saber e ele tem consciência que não tem condições de discutir com as pessoas mais qualificadas. Ele dialoga com a morte. Não dialoga com a vida. Um governo que só fala em liberar porte de arma e corta recursos da educação, você já tem de frente o que significa este governo”, disse.
Eleições 2020
Ainda sobre a possibilidade do Partido dos Trabalhadores lançar candidatura própria a prefeito de Aracaju, o ex-governador ratificou que não defende candidatura isolada, mas um projeto dentro de uma aliança que tem sido vitoriosa desde a eleição de Marcelo Déda, quando administrou a capital sergipana pela primeira vez.
“Eu sou amigo pessoal de Lula. Não tem nada a ver com o PT de Sergipe e do Brasil, apesar de ser um partido que eu sempre respeitei e procurei colaborar, principalmente quando Marcelo Déda me convidou pra ser candidato a vice-governador na chapa dele porque compreendeu que fazer uma aliança com Jackson Barreto seria importante no seu processo de reeleição. Eu dei minha contribuição nesse longo tempo de convivência com o PT. Eu defendi e defendo que as forças que estiveram juntas permaneçam juntas”, declarou.
Futuro Político
Jackson Barreto não confirmou se nas próximas eleições será candidato, mas assegurou que continuará na política de forma ativa, dando sua contribuição em defesa do país. “A situação do país está tão complicada politicamente que eu começo compreender que temos que tirar até os que estão em casa aposentados, aqueles guerreiros que lutaram contra a ditadura, para ir às ruas defender nosso país, que está ameaçado. Meu sonho é que esse país volte a ser governado pelas forças populares. Se houver unidade diante de um objetivo comum, que estejamos todos juntos”, disse.
Do Universo, com informações da Fan FM
Modificado em 20/05/2019 18:27