body { -webkit-touch-callout: none; -webkit-user-select: none; -khtml-user-select: none; -moz-user-select: none; -ms-user-select: none; user-select: none; }

Jackson Barreto e a crueldade do relógio

JB e Déda: entendimentos

Por Joedson Telles

Na imprescindível conversa que terá com o governador Marcelo Déda (PT) em busca do necessário oxigênio não apenas ao governo, mas também ao seu projeto político para 2014, o governador em exercício Jackson Barreto (PMDB) terá que levar em conta pelo menos dois pontos importantíssimos.

Primeiro precisa promover as mudanças sem embaraçar a aliança feita em prol da reeleição do próprio Déda, em 2010, levando em consideração a necessidade de agregar novas forças políticas ao chamado projeto da mudança. Segundo, e talvez o mais difícil, haja habilidade para impor seu modo de governar sem excluir a cara de Déda do seu próprio governo.

Percebam que, no primeiro aspecto, os aliados estão no atacado a procura de vagas no varejo. Não há como contemplar todos sem eventuais contrariedades. O PSD, por exemplo, está na fila, mas ao abrir espaço para fazer justiça com este aliado, obviamente, JB estará a contrariar outro. E é um compromisso assumido pelo próprio Déda.

Já no segundo ponto, a questão é que Déda está afastado cuidando da saúde, mas ainda é o governador de fato e direito. E, mesmo fora do Palácio do Governo, pelo lado emocional, importantíssimo neste momento que luta contra um câncer, precisa enxergar-se no próprio governo. Não pode ter decisões simplesmente desfeitas. A não ser que jogue a toalha. Algo que não creio.

Como já disse neste espaço, JB vive um bom momento político, mas precisa ter o governo em suas mãos, sem detalhes, para concretizar seu projeto para 2014. Atrelando-se a isso, a necessidade urgente de mudar a imagem do governo e do próprio grupo frente ao eleitor (a eleição de João Alves espelhou isso claramente), o relógio torna-se cruel.

Modificado em 09/07/2013 12:10