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“Isso você ouve em cabaré”, diz advogado sobre frase do presidente do STF

Por Luiz Sérgio Teles

O advogado Evaldo Campos avaliou, nesta quinta-feira, dia 9, que o discurso do presidente da República, Jair Bolsonaro, no feriado de 7 de setembro, não implica em crime de responsabilidade. Segundo ele, Bolsonaro deve buscar os meios legais e declarar que o foro para apurar os delitos que o ministro Alexandre de Moraes está apurando não é inutilizável.

“O artigo 43 fala em crimes cometidos dentro do recinto do Supremo. Ele está prendendo gente que falou há milhares de quilômetros do Supremo. O argumento de Lula é o mesmo para anular tudo isso. O Supremo sem briga, sem escândalo vai ter que afastar Alexandre. Pra mim, eu não vejo um argumento jurídico melhor do que esse”, disse.

Para Evaldo, Bolsonaro está isolado das elites, mas está amparado pelo povo, que, ainda segundo ele, foi às ruas em um grande número que nem todas as esquerdas juntas conseguiriam a metade deste público em uma manifestação.

Presidente do STF

Segundo Evaldo Campos, se a fala do Bolsonaro não respeitou a liturgia do cargo, a frase do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Luiz Fux, também não.

“Fux manteve a liturgia do cargo quando disse que ‘quem mexe com um mexe com todos’? Isso você ouve em cabaré, ouve em botequim, na briga de cachaceiros. Não na palavra de um ministro competente, inteligente. Foi um descontrole emocional. Liturgia do cargo exige que Alexandre de Moraes não seja o condutor do inquérito e nem o autor das prisões. Ele está desrespeitando a liturgia do cargo. Insurgir-se contra uma autoridade não é ser contra uma instituição. Não há quebra da liturgia por parte de Bolsonaro”, afirmou.

Educação, saúde e fome

Ao contrário do que afirmam a oposição ao presidente Bolsonaro e boa parte da imprensa, Evaldo entende que pautas como educação, saúde e a fome que assolam o país estão sendo discutidas, sim, pelo Governo Federal, mas boa parcela da mídia só tem olhos para derrubar o presidente.

Evaldo também defendeu o voto impresso. “Falar do voto impresso é um direito. Quem afirma que as urnas são invioláveis ou é um idiota ou é mal intencionado. Por que o mundo não adotou o sistema brasileiro? O presidente não precisa aprovar fraude. Por que o TSE não faz um desafio aos hackers do brasil e do mundo para que violem a urna? Basta ter um pouco de serenidade para ver que não passa de insensatez”, ajuizou.

Por fim, Evaldo Campos lamentou que a população tem olhado o Brasil com os olhos da esquerda ou da direita e construindo um confronto que mais cedo ou mais tarde virá. “Vamos apostar no equilíbrio. A responsabilidade que tem o presidente tem os ministros do Supremo, só que o presidente tem mais porque foi eleito. O Supremo critica ameaças e faz ameaças. Isso é um absurdo. O povo brasileiro pode ser lento para decidir, mas não está morto. Não acordem o escravo que dorme porque, se ele acordar, promoverá a libertação”, finalizou.

Modificado em 09/09/2021 19:36

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