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Iran sobre Agamenon: “A covardia é típica de quem não assume aquilo que faz”

Iran: Agamenon é agressivo

Por Joedson Telles

O vereador Iran Barbosa (PT) ajuizou que o também parlamentar Agamenon Sobral (PP) covardemente agrediu a presidente do Sindicato dos Enfermeiros de Sergipe, Flávia Brasileiro, mas não assume as consequências da agressão porque acha que suas atitudes serão sempre cobertas. “A covardia é típica de quem não assume aquilo que faz e não enfrenta as consequências para pedir desculpas, se retratar, reconhecer que está errado, se comprometer em não falar mais coisa desse tipo. Mas se acovardar, negar. Até onde eu estou sabendo têm outras provas. Vou preferir aguardar os fatos, as comprovações. Nós temos que ter compromisso com a verdade. A verdade num determinado momento aparece, mesmo que demore um pouco, e eu sou crente de que a verdade aparecerá. O que eu quero aqui perguntar, independente do que aconteceu aqui, é se o comportamento que tem sido produzido por esse vereador aqui na tribuna é adequado para um parlamentar?”, indagou o vereador petista.

Iran Barbosa ajuizou que Agamenon é agressivo com as pessoas, generaliza, mas se omite diante dos problemas porque escolheu um discurso sensacionalista hipócrita, responsabilizando os servidores pelas mazelas do serviço público. “E não aceito isso. Eu sou servidor público, cumpro minhas tarefas como a grande maioria dos servidores públicos, mas é preciso dizer qual Foi o comportamento dele enquanto servidor. Os setores da imprensa também procurem saber isso. Eu tenho uma história produzida no serviço público e a grande maioria dos servidores tem e é uma história respeitada. Se tem alguém que merece ser punido pelo ponto de vista da lei porque não cumpre suas tarefas que seja feito. A tese que sempre defendemos é a defesa da qualidade de educação. Lutamos pela melhoria salarial. Ele mostrou que os professores ganhavam R$ 2 mil. Pergunte quanto ele ganha como vereador? São R$ 15 mil. Pergunte o que o professor faz, e pergunte o que ele faz aqui na câmara. Veja quantas emendas ele apresentou a projetos, veja quantas análises ele fez de projetos, quantos projetos ele apresentou para a sociedade, quantas alternativas para os problemas da sociedade ele apresentou”, desafiou Iran.

Iran diz que vem cobrando da Mesa Diretora providências porque a Câmara Municipal de Aracaju vive um “momento difícil” por conta do que define como comportamento agressivo do vereador Agamenon Sobral. “Tem que ter posição, até porque nós temos que estabelecer limites. Uma posição que coloque freios nos excessos, no desrespeito ao regimento da Casa. Se não fizermos isso daqui a pouco teremos problemas muito mais grave acontecendo aqui dentro. E eu, sinceramente, acho que o povo de Aracaju merece um nível maior de representação, de qualidade do debate parlamentar, porque não podemos continuar com esse nível rebaixado, agressivo com quem tem compromisso. Essa Casa é de representação popular do povo de Aracaju e acho que o povo não se sente representado por esse nível de rebaixamento de discurso que às vezes a gente houve aqui dentro. Se alguns setores que se sentem representados estimulam, porque eu sei que existem setores que estão batendo palmas, achando que isso é da natureza. Eu vou continuar defendo a qualidade e o regimento da Casa para que possamos trabalhar com mais qualidade”, desabafou o vereador petista.

Segundo Iran Barbosa, a Câmara perde muito em qualidade com intervenções que desqualificam não só membros da sociedade, mas também sindicalistas e servidores. Salientando que este comportamento do vereador Agamenon tem sido frequente, quando parte para agressões, e até o uso de palavras de baixo calão na direção de autoridades constituídas e pessoas do povo, Iran observa que a Casa não pode admitir mais esse tipo de comportamento. O vereador entende que o colega tem todo o direito de emitir opiniões, de discutir seu papel, mas precisa estar adestrado ao que o regimento da Casa estabelece sobre o comportamento do parlamentar.

“Existe um código de decoro que precisa ser observado. Existe também a possibilidade de aprender a conviver com o contraditório. Se há pessoas que entendem que a Casa é para fazer perseguição, denúncia vazia, para tentar atribuir aos trabalhadores e aos servidores públicos a responsabilidade pelas mazelas da administração pública, cada um cumpra aqui o seu papel. Cada um assume as análises que fez. Vamos enfrentar esses discursos, porque quem pensou que ia fazer esse tipo de argumentação sem enfrentamento pensou errado. Eu estou aqui para defender trabalhador porque eu sou trabalhador. Eu estou aqui para defender servidor público porque eu sou servidor público”, diz Iran

De acordo com Iran Barbosa, o episódio envolvendo o vereador Agamenon e a presidente do Sindicato dos Enfermeiros de Sergipe, Flávia Brasileiro, teve grande repercussão por espelhar mais agressividade. Uma agressividade que não atinge só médicos, enfermeiras, mas as famílias dos profissionais de saúde, as mulheres como um todo, a cidadania aracajuana. “É bom aqui denunciar que não é de hoje que tenho enfrentado nessa Casa e tenho falado a imprensa que há um excesso cometido por esse rapaz que se diz vereador para defender e fiscalizar o serviço público, e não é essa tarefa que ele tem cumprido. A tarefa que o vereador Agamenon Sobral tem cumprido é a de desviar o foco de quais os reais problemas da educação, da saúde, no estado e no município, para ficar criminalizando o servidor”, disse.

Iran observou também que o vereador Agamenon Sobral pertence à bancada do prefeito João Alves Filho (DEM) e sempre vota favorável ao governo. “Vota para aumentar passagem, para acabar com cargo de motorista na prefeitura, contra tudo que interessa aos trabalhadores e a população. Chegou aqui e foi o governo que mandou ele aprova, mas ele não vai ao governo negociar os problemas que os médicos denunciam o tempo inteiro, que as enfermeiras denunciam o tempo inteiro, que as assistentes sociais denunciam. A atividade que ele tem cumprido é de criminalizar os servidores. A população tem discernimento para entender esses fatos. Pode ser que o discurso sensacionalista tenha eco em alguns setores, mas setores minoritários. Ele acha que com isso vai conquistar espaço. Eu já estou na metade da minha vida e já aprendi uma coisa: quem sobe no sensacionalismo e na mentira, cai. Eu já vi outros personagens da política do estado fazerem a mesma coisa e enfrentei, e hoje vejo alguns até na cadeia porque a verdade ela é uma coisa que é um antídoto para esse tipo de comportamento e nós vamos enfrentar buscando a verdade”, ajuizou.

Modificado em 06/06/2014 00:28

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