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Iran quer um basta nas mortes de inocentes vítimas de balas da polícia

Por Joedson Telles 

Nesta quarta-feira, dia 10, o deputado estadual Iran Barbosa (PT) lamentou as mortes de pessoas inocentes vítimas de balas de armas de fogo disparadas por policiais e soldados do Exército e clamou por um basta. O deputado observou que o Estado tem poder de polícia e um aparato preparado para interferir em questões que precisem operar com mais energia, mas entende que isso precisa ser regrado. “Não pode virar rotina o que está acontecendo, nesse momento, no Brasil. No Rio de Janeiro, tivemos a situação que vitimou uma família que levou 80 tiros. Aqui em Sergipe, tivemos um episódio que vitimou mais um jovem. Precisamos tentar minimizar o máximo possível o efeito dessa forma violenta de tratar a sociedade”, advertiu o parlamentar.

Observando que concorda com estímulo à violência, ao uso de armas, à força repressora do Estado como a única alternativa para dialogar com a sociedade, Iran afirmou que a violência é parte da política equivocada que vem sendo adotada nacionalmente pelo governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL). “Somos críticos a ela porque o resultado é isso ao que estamos assistindo nas ruas. O apelo que faço é que tenhamos todos os mecanismos para frear esse tipo de atitude, porque o Estado tem um poder de repressão que é necessário em determinadas condições, mas não pode ser vulgarizado e usado indiscriminadamente ceifando vidas inocentes”, disse o deputado.

O petista ainda comentou parte do pronunciamento feito hoje na tribuna da Assembleia Legislativa pelo deputado estadual Capitão Samuel (PSC) sobre o episódio envolvendo policiais sergipanos (leia matéria nesta página) ainda no calor do pronunciamento dele, Iran Barbosa. “Eu vou dialogar com o capitão Samuel porque ele foi injusto comigo. Eu não generalizei. Se você observar minha fala, eu sequer citei corporações. Eu fiz menção ao aparelho repressor do Estado. Portanto, estou me referindo a toda uma estrutura que o Estado tem para reprimir a sociedade. Eu acho que foi injustiça, porque não fiz generalização nem de nomes e nem de instituições. A minha manifestação, eu reafirmo ela porque ninguém vai me impedir de manifestar minha repulsa a esse tipo de atitude a que assistimos e não é com isso tipo de abordagem que a gente vai caminhar”, disse.

Iran lembrou que não apenas tem familiares na polícia, mas também uma quantidade imensa de ex-alunos seus são polícias. “Ex-alunos queridos, amigos pessoais que são policiais e são pessoas que sei que tem todo cuidado e zelo com a segurança, que fazem seu trabalho de forma responsável. Eu não poderei nunca fazer esse tipo de generalização. Não usei e não usarei. Tentar dizer que minha fala tenta dizer que para alguns seria necessário matar o agente que cometeu esse crime, eu não faço isso. Ao que a gente assiste é todo um estímulo para que o aparato repressor do Estado use de violência sempre diante dos supostos bandidos. Mas mesmo os bandidos, a lei diz que têm direito a julgamento e não a execução”, observou.

Ainda se referindo ao pronunciamento do Capitão Samuel, Iran afirmou que não é correto dizer que ele generalizou. “Como não é correto dizer que dava impressão de que eu estava cobrando que houvesse o mesmo tipo de tratamento com o agente que praticou, embora saibamos que fuzilar com 80 tiros um carro não tem nenhum bom senso. Mas, jamais a ideia é reproduzir esse tipo de violência. Vou ocupar tantas vezes foram necessárias a tribuna para manifestar meu repúdio a esse tipo de processo que não ajuda – e se dá por conta de mentalidades que estão dentro das forças policiais e vivem estimulando a prática da violência como regra para solucionar os problemas da sociedade”, disse.

 

Modificado em 11/04/2019 06:40

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