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Indefinição de João Alves perpassa ao PSDB

Por Joedson Telles

O quadro político de Sergipe está tão abstruso e imprevisível que certas posições partidárias que outrora seriam mais que triviais são, agora, inteligentemente, a reboque de líderes políticos de outras agremiações.

Refiro-me ao fato de o PSDB apressasse a externar não haver restrições por parte da Executiva Nacional no tocante a alianças partidárias em Sergipe. O foco é a unidade e o fortalecimento da pré-candidatura tucana, provavelmente Aécio Neves, à Presidência da República. No bojo, entretanto, nada mais que fidelidade não apenas a João Alves, mas, sobretudo, à sua indefinição.

O partido em Sergipe, que passou a se reencontrar depois da crise aberta, desde as eleições de 2010, quando o ex-governador Albano Franco perdeu o comando da legenda, e João Alves, mesmo no DEM, passou a ter voz ativa, tenta ressurgir pelas mãos do atual presidente, Roberto Góes, e do vice-prefeito, José Carlos Machado, que, aos poucos, vão colocando ordem na casa, e encontrando a temperatura ideal para o PSDB ter em Sergipe a força que tem em Brasília.

Por estes dias, Machado esteve conversando com o senador Antônio Carlos Valadares e com o deputado federal Valadares Filho. Os tucanos parecem apostar que a insatisfação do PSB com o grupo governista pode resultar num rompimento e atrelam isso à possibilidade de, numa eventual candidatura de João Alves, conseguir o apoio de Valadares, que, por sua vez, parece dormir e acordar pensando nesta aliança também. Mas os tucanos manteriam os braços dados ao DEM mesmo que este estivesse no palanque do PSC ou do PMDB/PT.

O problema é que como a indefinição de João Alves perpassa ao PSDB, o partido não tem como fazer uma aliança neste momento sem saber qual será a postura de João Alves nas eleições. Até porque, caso João Alves decida pela candidatura, o PSDB herdará a Prefeitura de Aracaju pelas mãos de Machado.

Porém, caso João resolva terminar seu mandato, Machado já sinalizou estar disposto a disputar as eleições – seja para deputado federal ou mesmo senador. Esta última opção, porém, só vingaria caso a senadora Maria do Carmo não disputasse a reeleição. O projeto José Carlos Machado passa pela sua fidelidade a João e vale o mesmo de trás para frente.

Ao antecipar estar de braços abertos para conversas sem preconceito com qualquer um, aliás discurso idêntico ao do PSB pós morte de Déda, os tucanos dizem com certa eloquência: estarão no palanque que João Alves decidir estar, e este pode subir em qualquer um.

 

 

Modificado em 27/02/2014 17:00