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Impeachment de Dilma: é preciso cautela para não ser um tiro no próprio pé

Por João Fontes 

Sempre procuro separar o governo do PT da quebra do estado democrático de direito! Eu, Heloisa, Babá e Luciana saímos pelo Brasil em 2003 denunciando a quadrilha montada pelo PT para saquear os cofres públicos!

Bom lembrar que naquela época o governo Lula tinha quase 90% de aprovação popular e nosso grupo era tido como “radicais loucos do PT”, fomos expulsos do partido e perseguidos pela gangue dos Petralhas! O tempo mostrou que nós estávamos certos!

Procuro entender esse momento difícil para o país de forma sábia, prudente e com muita lucidez para não entrar no jogo dessas quadrilhas que disputam o Brasil como se fosse uma preliminar entre o Flamengo e Fluminense!

O processo de impeachment é um instrumento constitucional, porém é preciso cautela para não ser um tiro no próprio pé, visto que, até agora, não há provas contra Dilma que fundamentem o crime de responsabilidade previsto no artigo 85 da nossa carta política, como bem dito por vários juristas do país a exemplo do sergipano Carlos Ayres de Britto!

O pedido de impeachment protocolado por Hélio Bicudo, Miguel Reale e Janaína Pascoal foi apreciado de forma oportunista e chantagista pelo presidente Eduardo Cunha que tentou até o último momento negociar a sua absolvição no conselho de ética da câmara dos deputados!

Oportuno ressaltar que o requerimento de impeachment pede somente a saída de Dilma, tendo o seu vice Temer também assinado os créditos suplementares em novembro de 2104 e julho de 2105 no valor de 10.8 bilhões!
Vê-se no requerimento do Dr Hélio um verdadeiro Bicudo na nossa carta política, uma espécie de Sassi Pererê como se o pau que vale para Chico não valesse para Francisco!

O afastamento de um presidente por crime de responsabilidade deve acontecer em caráter de excepcionalidade porque a regra da escolha dos nossos representantes é a estabelecida no artigo 1o Parágrafo único da Constituição Brasileira!

“Todo o poder emana do povo”, como bem dizia o inesquecível Sobral Pinto na memorável campanha das Diretas em 84!

Não podemos chancelar as ambições de um partido oportunista como o PMDB que no seu DNA não tem nada de republicano!

Para o povo argentino valeu 12 anos de espera para através do voto popular escolher o seu novo presidente Maurício Macri de forma soberana e democrática.

Dizia JK que sofreu com o Golpe de 64: “a grande virtude do político é saber esperar, esperar e esperar”.

Resta-me dizer que Sou um homem apaixonado pela Democracia!!!

Deus que abençoe a nossa Pátria!

 

João Fontes é advogado e ex-deputado federal 

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