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Hostilidade gera hostilidade – A promoção do ódio

Por Wiliam Alves

O ódio está sendo promovido de forma fulminante nesta eleição presidencial de 2014, com estragos significativos e talvez de forma irreversível em muitas relações. É o princípio da reciprocidade sendo aplicado nas manifestações apaixonadas dos eleitores, defendendo com rigor e intolerância a sua verdade, na ilusão de que convencerá alguém ao que quer acreditar ou que estará contribuindo para evitar um desastre.

A maioria das mensagens divulgadas e multiplicadas nas redes sociais sobre os candidatos é ofensiva e gera hostilidade, criando uma barreira para o diálogo, compreensão, consciência e discernimento.
Precisamos aprender a controlar a paixão que suscita nestes tempos de eleições e cuidar para não entrar numa disputa irracional de perdedores e ganhadores, em que todos os envolvidos se tornam perdedores.

Considerando que as nossas experiências de vida, a formação familiar, religiosa, acadêmica, cultural, política, social, profissional são diferenciadas, produzindo visões de mundo próprias, penso que o máximo que podemos afirmar do que acreditamos neste campo da política é de que FAZ MAIS SENTIDO tal candidato, ou anular o voto, votar em branco, não votar, com base no discernimento gerado pelas experiências e formação de cada um, merecendo, portanto, todo o respeito e COMPREENSÃO.

Devemos refletir antes de divulgar textos, mensagens, vídeos e charges sobre candidatos, se são ofensivos ou podem gerar hostilidade. Se ficar em dúvida talvez seja melhor nem repassar. Isso sem falar que é de bom modo checar a veracidade do que está compartilhando, para evitar que seja um inocente útil nas mãos dos criativos profissionais e manipuladores deste meio.
O ideal é promovermos um ambiente compreensivo e de respeito com cada posição, sendo reflexo do equilíbrio, bom senso, maturidade e avanço da convivência democrática.

Podemos ser “bobos” defendendo alguns candidatos, mas pelo menos sejamos “bobos” conscientes e não tenhamos a ingênua ilusão de que o próximo governo, seja Dilma ou Aécio, tenha a independência suficiente para fazer as mudanças em favor da maioria do povo. Infelizmente continua mandando quem paga a conta da campanha.

Quando a escolha do candidato não é feita pelo interesse pessoal, ou na superficialidade de pressupostos e de lógicas mal construídas, resumidas no menos ruim, ou menos pior, temos a escolha daqueles que pensam no próximo, que ao reconhecerem tantas mazelas no meio político, fundamentam a decisão pelas evidências da expressiva redução da miséria e na crença de que o pobre deve ser prioridade.

É o que penso deste processo eleitoral brasileiro singular, sem qualquer receio de expor ao discernimento diferente do exposto, de mudar, de avançar.

Wiliam Alves é dirigente empresarial, e advogado

Modificado em 10/10/2014 09:53

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