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Homicídio do cobrador ratifica fragilidade do policiamento ostensivo oferecido à sociedade pela gestão Jackson Barreto

Por Joedson Telles

Fito a foto ao lado, que dispensa legenda e também ilustra a dor nas redes sociais, neste momento, quando os do bem usam da empatia com familiares e amigos do cobrador David Jonatas Barbosa, 26, que se despediu precocemente deste mundo, após ser covardemente assassinado enquanto trabalhava honestamente. Tento imaginar a dor. A revolta. O desespero. A falta. A carência. O sentimento de impotência…

É mais um crime que prova a incapacidade do governo Jackson Barreto em oferecer um policiamento ostensivo que se imponha frente aos bandidos de forma a evitar tamanho prejuízo irrecuperável. Uma polícia que esteja à frente dos bandidos evitando tanto sangue derramado. Tantos assaltos e outros delitos.

E nem venham para cá os conformados com o caos (por razões diversas) falarem que é impossível zerar a criminalidade. Óbvio que o crime não deixará de existir nunca. Acossa as comunidades mais desenvolvidas do mundo. Porem, os números de Sergipe provam irrefutavelmente a falta de preparo ao gestor de plantão. Na ponta do lápis do Sindicato dos Rodoviários, já são mais de 1.120 assaltos a ônibus, e olha que ainda estamos longe de dezembro. Portanto, o crime que vitimou David está longe de ser um caso isolado.

Quem, além de Deus, impediu que nos 1.120 assaltos anteriores os bandidos tivessem tirado outras vidas? Inúmeras vidas, diga-se? O internauta consegue imaginar quantos caixões destinados a motoristas, cobradores e passageiros, caso os bandidos quisessem, além de roubar, matar também? O chamado latrocínio? O policiamento ostensivo custeado pelos sergipanos evitaria supostos latrocínios?

Se há dúvida da obviedade da resposta, emerge outra indagação a sepultá-la de pronto: por que, então, a mesma polícia não evitou os 1.200 assaltos? Se a polícia preventiva do governo Jackson Barreto funcionasse como na propaganda não teríamos números tão alarmantes. É fato. Matemática. Enxerga-se com ou sem óculos…

Ao ser apreendido (não ouse dizer preso), o suspeito, um homem que ainda não tem 18 anos, “justificou” a polícia que tirou a vida do jovem David porque o motorista do ônibus não obedeceu a ordem de parar fora do ponto e abrir a porta para que o trio honesto deixasse o ônibus, após o assalto. A ideia era descer num local onde os três despistassem a polícia pelo fato de estarem armados. Note-se que ele nem cogitou ser preso pelo assalto que acabara de praticar. E tudo aconteceu como previsto no script criminoso. Veja a que ponto chegamos.

“Eu pedi para o motorista abrir a porta para gente descer e ele não parou. O galego (um dos comparsas) falou para atirar e eu fui lá e atirei. Eles já tinham roubado lá atrás. A arma não era minha, mas estava na minha cintura porque eu era o único menor. Eles falaram que, se a polícia parasse o ônibus, eu assumia e pronto”, disse o suspeito, ao ser apreendido, exemplificando como os bandidos planejam e levam a melhor na guerra contra o policiamento ostensivo oferecido a Sergipe. Alguém tem dúvida que, se não derrubassem o cobrador e a imprensa e a sociedade não entrassem em cena, este assalto seria apenas mais um a aumentar a já alarmante estatística da criminalidade em Sergipe?

P.S. Soube que há policiais de Sergipe no Rio de Janeiro com a missão de auxiliar na suposta segurança para a realização das Olimpíadas. Não seria mais coerente fazer o chamado dever de casa, colocando estes policiais dentro dos ônibus cujas linhas ganham destaque nas estatísticas de criminalidade em Sergipe? A propósito, Sergipe tem efetivo suficiente para abrir mão de policiais para outro estado?

Modificado em 14/07/2016 09:18

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