“Ninguém, nenhum de nós, gostaria de estar na pele de João Eloy. Tenho certeza que isso traz sofrimento a qualquer pai. E, independente de qualquer coisa, temos em João Eloy um cidadão de bem, um profissional digno na área da segurança pública. É realmente algo constrangedor, muito difícil o que aconteceu”, disse Gualberto. “Todos entendem que a justiça tem que ser feita. Mas que isto não atrapalhe a carreira profissional do secretário”, afirmou.
Sem que o padrasto soubesse, Ítalo Bruno foi preso por policiais militares em flagrante após denúncias de assaltos na região da Atalaia. Ele e o colega, Eduardo Aragão de Almeida, são suspeitos de terem feito abordagens na região e portavam três pistolas ponto 40 e um fuzil, armas de uso exclusivo das policias. Após serem ouvidos na delegacia, os dois jovens foram liberados. O fato teve repercussão em cadeia nacional.
Para Francisco Gualberto, a mídia inverte o papel fundamental do bem estar da sociedade. “O que não serve para a sociedade, como é o caso da violência, é sempre manchete. O que é bom, fica fora da mídia”, analisa o deputado. “O que faz sucesso é o que não presta. A manchete com notícia ruim é o que mais chama a atenção, e isso precisa mudar. Nunca vi a mídia divulgar, por exemplo, que a Polícia Civil de Sergipe possui um dos departamentos de inteligência mais eficientes do Brasil. Isso não vira notícia”, queixa-se Gualberto.
Segundo ele, o secretário João Eloy tem compromisso, empenho e responsabilidade com a segurança pública no Estado. Não merece estar sendo execrado pela mídia por conta de um erro de um enteado que irá pagar judicialmente pelo o que fez. “Presto aqui o meu apoio a um cidadão que está passando por um momento difícil. E nessas horas é importante se perguntar: ‘se fosse comigo, como eu estaria me comportando?’”, alertou Francisco Gualberto, que espera não ver mudanças no comando da SSP por conta do episódio.
Greve
O pronunciamento de Gualberto foi feito na Assembleia diante de dezenas de policiais civis que estão em greve e lotaram as galerias em busca de apoio para as negociações com o governo. O líder informou que está à disposição da categoria para ajudar no que for possível. “Garanto a minha contribuição, como sempre fiz em ocasiões anteriores”, confirmou o petista.
Por Gilson Sousa
Modificado em 27/05/2014 15:11