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Gualberto diz que população avaliará a postura da oposição

O líder do governo na Assembleia Legislativa, o deputado estadual Francisco Gualberto (PT), ao ser entrevistado nesta terça-feira, dia 29, pelo radialista George Magalhães, disse que compete à população avaliar a postura da oposição na Casa, em relação ao Projeto de Lei do Poder Executivo que visa fundir os dois fundos previdenciários do servidor público estadual.

“Ninguém pode e nem deve calar a oposição e tem gente lá que faz análise e tem interesse de ficar parecendo o defensor dos trabalhadores. Eu quero saber quem vai defender a posição que nada seja feito e daqui a pouco o governo diga que não tem mais dinheiro para pagar o servidor, ou se tem alguém torcendo pra isso. Imagine o servidor que envelheceu, ganha pouco e ainda vê ameaçado o seu direito de receber a aposentadoria. Aí querem que ele fique sem o salário porque daqui a 20 anos alguém vai se aposentar e ter esse direito. Eu acho essa análise tão pobre que dificilmente as pessoas vão compreender isso como algo razoável”, disse.

O deputado disse que é a favor de um fundo de previdência para todos os trabalhadores do Estado e para que isso aconteça devem ser tomadas todas as medidas daqui pra frente para defender esse fundo. “É preciso criar todas as condições possíveis para esse fundo ser capitalizado. O resto é da política onde cada um quer construir seu castelo que diz ser em nome da população, mas no fundo não é”, afirmou.

Por sua vez, o economista do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos de Sergipe (DIEESE), Luis Moura, salientou que a unificação dos fundos é um assunto muito complexo para que seja apontada apenas uma saída.

”O fato do governo e do seu grupo político querer unificar o fundo já é uma comprovação de que a medida que foi adotada em 2008 estava errada. Tem a falha de não discutir com os trabalhadores. Fazer essa fusão desse projeto tão complexo vai afetar a vida de quem está no fundo novo e no fundo antigo, sem ter a certeza que vai estar garantido o pagamento dos servidores porque não tem a garantia da receita”, disse.

O economista ressaltou que tem como ser feito o cálculo atuarial do fundo novo, que para ele já deveria ter sido feito, já que existem seis aposentados hoje no fundo novo. “Já tem a possibilidade de fazer o cálculo. Esse fundo foi criado em 2007 e já tem com 11 mil servidores R$ 600 milhões em 10 anos. Já imaginou se isso tivesse sido feito a 40 anos atrás? Há uma possibilidade dos contribuintes do fundo superavitário perder a garantia que tem hoje”, afirmou.

Por Luiz Sérgio Teles, com informações da Fan FM

Modificado em 29/08/2017 18:45

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