body { -webkit-touch-callout: none; -webkit-user-select: none; -khtml-user-select: none; -moz-user-select: none; -ms-user-select: none; user-select: none; }

Governo Jackson Barreto acusado de pagar R$ 94 mil por serviço que vale R$ 2,5 mil

Secretário solicita auditoria e presta queixa crime contra denunciante

André: denúncia que precisa ser apurada

Por Joedson Telles

O governador Jackson Barreto tem a obrigação de deixar as provocações aos adversários políticos de lado, ao menos por um tempo, e acompanhar de perto as graves denúncias que o jornalista André Barros está amplificando na Rádio Liberdade FM e nas redes sociais sobre contratos, segundo ele, superfaturados na Secretaria de Comunicação Social do seu governo.

Seja para defender sua gestão de um crime de calúnia ou para explicar à sociedade como o dinheiro público estaria indo pelo o ralo debaixo do seu nariz, Jackson não pode ser excluído do processo. É o governador quem escala secretários. Tem a obrigação de protegê-los ou adotar as medidas cabíveis a depender da situação.

Veja o que André Barros soltou no whatsapp: “uma simples mídia que custa no mercado publicitário algo em torno de R$ 2.500,00 foi ’vendida’ por R$ 50.000,00. E pasmem, até por valores acima de R$ 94.000,00. Um verdadeiro escândalo já entregue nas mãos do promotor público Bruno Melo”, postou o jornalista, assegurando ter um áudio que provaria sua grave acusação. O suposto superfaturamento envolve, diz André Barros, dinheiro de órgãos do Estado como o Banese, a Deso e o Detran/SE entre outros.

Por sua vez, o jornalista Sales Neto, responsável pela Secom do Governo do Estado, procurou o Tribunal de Contas do Estado e formalizou um pedido de auditória na própria pasta. “Para que não pairem dúvidas, eu trouxe os contratos questionados pelo empresário e jornalista. Estou solicitando oficialmente que eles sejam matéria de investigação pelo Tribunal de Contas de Sergipe. Estou entrando com algumas queixas crime contra esse jornalista para que possamos esclarecer também esses fatos na Justiça. Quem não deve, não teme”, disse Sales Neto em nota pública que circulou ontem.

De fato, todos são inocentes até que se prove o contrário e “quem não deve não teme”. O secretário acerta ao antecipar as coisas. Entretanto, insisto: o governador Jackson Barreto tem a obrigação de acompanhar tudo de perto. O eleitor não elegeu Sales Neto. Jackson o nomeou e é responsável pelos seus passos. Um crime de calúnia contra Sales Neto é um crime de calúnia contra o Governo Jackson Barreto. Do mesmo modo, um equívoco de Sales Neto é também um equivoco do governador Jackson Barreto.

André Barros não é um calouro. Ao contrário, é um dos jornalistas mais experientes de Sergipe e, ironicamente, um ex-secretário de Comunicação Social do Estado. A mesminha pasta. Portanto, conhece muito a matéria que está a tratar neste momento. Se age de forma irresponsável, caluniosa, criminosa ou se presta um serviço a Sergipe, só os órgãos competentes podem dizer. Mas que o governador precisa acompanhar tudo de perto não há dúvida.

Modificado em 16/08/2016 08:45

Universo Político: