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Governo Bolsonaro desrespeita jornalistas e ameaça liberdade de imprensa, diz FENAJ

Nesta quarta-feira, dia 2, através de uma nota publica, com título “Novo governo desrespeita jornalistas e ameaça liberdade de imprensa”, a Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) manifestou veemente repúdio ao que define como “restrições ao trabalho dos jornalistas e ao tratamento desrespeitoso dispensado aos profissionais”, durante a posse do presidente Jair Bolsonaro (PSL), no dia 1º de janeiro, em Brasília.

“Os profissionais da imprensa foram obrigados a cumprir um horário injustificado, tendo de se apresentar para a cobertura às 7 horas, para uma solenidade marcada para o início da tarde. Jornalistas tiveram de se deslocar para os locais de cobertura em veículos disponibilizados pelo governo, não puderam circular livremente (alguns correspondentes estrangeiros consideram o confinamento obrigatório como cárcere privado), passaram por privação de água e ainda foram ameaçados, caso desrespeitassem as rígidas regras de comportamento anunciadas. Quem não respeitasse as restrições de acesso ou mesmo fizesse movimentos bruscos (aviso especial aos repórteres fotográficos, que não deveriam erguer suas câmaras), poderia se tornar alvo dos atiradores de elite”, lê-se na nota.

Segundo a FENAJ, na história recente do país, nunca houve restrições ao trabalho dos jornalistas para a cobertura das posses dos presidentes eleitos. “Aos profissionais credenciados foi anunciado, por uma assessora do novo governo, que se tratava de ‘uma posse diferenciada e todos têm que entender isso’. A diferença, entretanto, foi uma demonstração inequívoca de que o novo governo acha-se no direito de desrespeitar uma das regras essenciais das democracias: a liberdade de imprensa. A segurança não pode ser justificativa para medidas autoritárias e abusivas, que visam, na verdade, dificultar o trabalho dos jornalistas e restringir a produção e a livre circulação da informação. O verdadeiro aparato de guerra montado para a posse revela que a tática de Bolsonaro de espalhar o medo, utilizada na campanha eleitoral, será mantida no governo”, diz a FENAJ.

Na nota, a FENAJ ainda cobra das empresas de comunicação uma postura mais firme na defesa de seus profissionais e da liberdade de imprensa. “A maioria das empresas nem mesmo denunciou as medidas restritivas imposta pelo governo e o tratamento desrespeitoso dispensado aos jornalistas. Não podemos naturalizar medidas antidemocráticas, para que não se tornem a regra. A democracia exige vigilância e estaremos vigilantes”.

Do Universo, com informações da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ).

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