Já na primeira sessão do ano na Assembleia Legislativa, realizada na manhã desta quinta-feira 19, o líder do governo na Casa, o deputado estadual Francisco Gualberto (PT), deixou evidente que o ano promete embates polêmicos, envolvendo oposição e situação – inclusive tendo como pautas temas nacionais. Ao se referir às ações políticas que demonstram um sentimento claro pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), Gualberto argumentou que há quem esteja no movimento contra a presidente petista por não estar mais usufruindo dos benefícios do Estado.
“A gente sabe e vai reagir. Não estou me referindo a ninguém da Casa. Vamos fazer essa discussão. Respeitarem quem discordar, mas debaterei com firmeza já anunciando: golpista neofascista não vai tomar o poder sem reação. Terá que ter reação porque o Brasil é nosso e a presidente foi eleita com a maioria dos votos do povo brasileiro. E principalmente porque a Rede Globo e a Revista Veja não vão privatizar a Petrobrás como querem. Tentam há muitos anos. Chegaram a quebrar o monopólio em 95. Não fizeram pela reação de muitos brasileiros – inclusive deste operário que perdeu o emprego por resistir”, disse Gualberto.
O deputado Francisco Gualberto salientou ainda que a direita do Brasil atua com desfaçatez contra o governo Dilma. “Há mais ou menos quatro meses, a oposição encabeçada por Aécio Neves no Senado Federal fazia duras críticas à Petrobrás porque não aumentava o preço da gasolina. Críticas diárias. A presidente não aumentava porque a inflação estava ali no teto programado. E a presidente sabia que, ao aumentar o combustível, teria reflexo na inflação. Mas veio o aprofundamento da crise e não teve jeito: aumentou depois de um ano. Doutor Aécio Neves, eu não sei, sem nenhum preconceito, se ele estava cheirando um pozinho ou não, quatro meses depois, segundo ele, tem que ter um impeachment porque aumentou, quando, no governo de Fernando Henrique Cardoso, aumento de combustível era mensal”, argumentou o deputado petista.
Gualberto, por fim, classificou o movimento contra Dilma Rousseff e o Partido dos Trabalhadores como preconceituoso. “A publicidade é um pano branco com uma mão com um dedo faltando. Uma discriminação contra deficientes. Lula, de fato, tem um dedo a menos porque perdeu num torno mecânico. Na mão esquerda. Na mão direita são eles. Golpistas reacionários”, definiu, afirmando que há gente participando do movimento, expondo bandeira da peça publicitária contra o PT em um apartamento na Praia 13 de Julho, mas que constrói notas fiscais para se beneficiar.