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Georgeo indaga: “A gente recebe R$ 25 mil só pra dizer amém?”

Por Luiz Sérgio Teles

Nesta quarta-feira, dia 22, o líder da oposição na Assembleia Legislativa, o deputado estadual Georgeo Passos (Cidadania), posicionou-se contrário ao pensamento do líder do governo na Casa, o deputado estadual Zezinho Sobral (Podemos) que, em entrevista concedida ao Universo, na última terça-feira, dia 21, disse que não vê a necessidade de o médico Luís Eduardo Correia comparecer à Assembleia, mediante um convite da Comissão de Saúde. A ideia de Georgeo é repercutir com o médico um vídeo no qual o cirurgião tenta realizar uma sutura em uma paciente, após uma cesariana. Por sua vez, Zezinho observa que o secretário de Estado da Saúde, Valberto de Oliveira, já se colocou à disposição dos deputados, e não vê a necessidade de o médico se fazer presente. Zezinho acredita que Georgeo quer produzir escândalo e criar sofrimento para pacientes. Georgeo rechaça de pronto.

“Os deputados da oposição não estão na Assembleia para se aparecer. Eu acho que a Assembleia é o local para ser tratado um assunto como esse. A gente recebe um salário de quase R$ 25 mil pra quê? Apenas para aprovar o que o Governo do Estado manda, o que o Ministério Público manda ou o que o Tribunal de Justiça manda? Só pra dizer amém? Eu acho que devemos ter esses debates, mostrar o que está acontecendo e buscar soluções”, rebateu Georgeo Passos.

Georgeo salientou ainda que a oposição não pode ficar na crítica pela crítica, mas precisa buscar alternativas para que situações como as exibidas no vídeo não se repitam. Ele também pediu desculpas à população por entender que está sendo incompetente por não estar fiscalizando direito as repartições públicas. “Em especial, a Secretária de Estado da Saúde, porque, se eu estivesse fazendo meu papel bem feito, fiscalizando, cobrando, com certeza nenhuma mulher sergipana iria passar por esse constrangimento que passou nessa cirurgia cesárea”, lamentou.

O deputado ratificou que o tom usado no discurso de Zezinho Sobral foi de intimidação, o que pode impedir que outros profissionais da saúde façam futuras denúncias e fiquem melindrados.

“Se o médico mentiu, serão tomadas as providências. As informações é que não é um fato isolado, não foi só uma vez. Doutor Luís já tinha comunicado aos seus superiores e o governo se incomodou porque foi mostrado à sociedade sergipana o que acontece dentro de um centro cirúrgico. Aquele fio não trás segurança, não garante nada a uma pessoa que faz cirurgia cesárea. Fui informado que o lote desses fios foi recolhido, demonstrando que estavam imprestáveis e sem condições de estar em um centro cirúrgico”, disse.

Modificado em 22/05/2019 11:39

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