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Fábio Mitidieri, privatização, CUT e a autoridade do tempo

Por Joedson Telles 

Sou informado que, se tudo acontecer como está sendo planejado, o governo Fábio Mitidieri será alvo, na próxima terça-feira, dia 31 de outubro, de um grande ato de protesto por parte da CUT/SE e de vários sindicatos. As manifestações serão concentradas em frente ao Palácio Olímpio Campos, no Centro de Aracaju.

Tendo como pauta “Ato Público Contra a Privatização da Água, da Saúde e do Serviço Público de Sergipe”, os manifestantes acreditam que podem chamar a atenção da sociedade – e atrair seu apoio –  no objetivo, evidente, de desgastar o governador e, assim, evitar o que apostam  estar nos planos do atual governo.

Acredito que qualquer manifestação que não se sustente na violência física ou no ataque à honra alheia faz parte do conjunto de atos democráticos e merece o respeito de todos. Nada mais natural que o movimento sindical esteja nas ruas lutando por bandeiras que defende. CUT e sindicatos foram criados justamente para isso.

Mesmo sendo movimentos políticos – muitos membros dos sindicatos e da própria CUT estão filiados também a algum partido de “esquerda” -, há a legitimidade – e necessidade de ação, muitas vezes. O problema, contudo, são os excessos.

Solicito ao internauta atenção ao longo parágrafo extraído de um texto enviado pela CUT à imprensa para divulgar o ato.

“Com a lei Nº 9.298/23, o governador de Sergipe Fábio Mitidieri e deputados aliados (a maioria da Assembleia Legislativa de Sergipe) pretendem privatizar a educação, a cultura, a saúde, a assistência social, os transportes públicos, as rodovias, pontes, viadutos e túneis, portos, aeroportos, terminais de passageiros, plataformas logísticas, tratamento de resíduos e aterro sanitário, dutos comuns, sistema penitenciário e unidades de medida socioeducativa, ciência, tecnologia de informação e comunicação, agronegócio, agroindústria, energia, habitação, urbanização e meio ambiente, lazer, esporte e turismo, infraestrutura destinada à Administração Pública, capacitação e desenvolvimento operacional.”

Com todo respeito, cá pra nós: ainda que o internauta não goste ou seja adversário político do governador, é possível acreditar que ele e sua bancada na Assembleia Legislativa querem mesmo privatizar tudo que é mencionado no parágrafo anterior? Tudo?

Vou mais além, o internauta acredita que algum político teria tais planos? Chamaria para si tamanho desgaste?

Creio que a intenção da CUT e dos sindicatos é, de fato, preservar empregos. Até porque, se tudo for privatizado, o movimento, no mínimo, enfraquece. É preciso dar respostas aos servidores que sustentam a causa.

Entretanto, não dá para fitar uma lista tão grande de “alvos de privatização” e jogá-la na pauta do governo. Seria um tiro no pé. Não acredito que Fábio privatizará, como diz a CUT. Os deputados também não assumiriam o ônus. Mas deixemos a autoridade do tempo falar.

 

Modificado em 27/10/2023 11:12

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