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Exonerar Maurício Pimentel seria um acinte a Valadares. E ao esporte, óbvio

Maurício Pimentel: tranquilo

Por Joedson Telles  

Para o bem do seu governo, Déda precisa espantar de vez a especulação que gira em torno de que cogita exonerar o secretário de Estado do Esporte e Lazer, Maurício Pimentel, para abrir espaço para o PSD em seu governo. Seria uma atitude obtusa para quem prometeu mudanças. Paira alguma dúvida que Maurício deu uma cara nova ao esporte sergipano?

Provocado sobre a possibilidade, Maurício, ao seu estilo educado, desconversa. Assegura que o governador “não tocou no assunto com ele”, e que continuará vestindo a camisa do governo como sempre o fez. “Estou tranquilo e vou continuar trabalhando. O cargo é do governador. Sou grato a Deus, ao governador e ao senador Valadares pela oportunidade”, diz.

De fato, não há dúvida que o cargo é do governador. Tampouco que Maurício Pimentel chegou à Secretaria de Esporte por ser ligado ao PSB, cujo boss é o senador Antônio Carlos Valadares – aliado de primeira hora do governador. Agora, convenhamos, se o problema é abrir uma vaga para abrigar o PSD, não seria melhor exonerar um dos secretários cujas pastas não geram satisfação na sociedade?

Acredito que abrigar o PSD na Secretaria de Esporte e Lazer não é a melhor saída. Maurício Pimentel é um dos melhores quadros do governo. Fez e faz muito pelo esporte – sobretudo quando se leva em conta essa ferramenta como inclusão social. Uma pesquisa ratifica o juízo facilmente.

Além de ser uma iniquidade com quem trabalha, a exoneração de Maurício Pimentel, de quebra, poderia gerar fatos sem amparo na ética, já que daria ao sucessor – seja lá quem for – a possibilidade de querer levar o mérito de Maurício e sua equipe para as urnas. Maurício é um técnico, não um político no sentido de disputar eleição. Mas nem por isso deve servir de escada, deixando a casa arrumada para segundas intenções, à custa da memória curta do eleitor.

Ainda no terreno político, a saída de Maurício Pimentel do governo, assim como seria a exoneração de Elber Batalha, da Secretaria de Turismo, ou de Belivaldo Chagas, da Secretaria de Educação, seria um acinte ao senador Valadares, que amargaria uma derrota política maior que a perda dos deputados estaduais Adelson Barreto e Maria Mendonça. Olhe lá se não abrisse uma crise na sua relação com Déda num momento em que 2014 bate à porta.

Mas, como disse, tudo caminha no terreno da especulação. E acho, sinceramente, que o governador Marcelo Déda não pensa em abrir mão da competência e da lealdade de Maurício Pimentel. Déda é um homem inteligente. O governo tem quase 30 secretarias e vários órgãos no segundo escalão. Não creio ser preciso avocar o desgaste desnecessário sob o argumento de arrumar um emprego para o PSD. Até porque, ao contrário da Secretaria de Esportes, tem órgãos no governo que só ocupam mídia negativamente. E não seria prejuízo para governador mandar o titular arrumar as gavetas. Ao contrário.

P.S. Nos bastidores, comenta-se que no PSD a ideia é bater o pé e colocar a faca no pescoço de Déda pela Secretaria de Esportes. Não creio. Mas, em sendo verdade, não conhecem Déda.

Modificado em 24/05/2013 08:07