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Ex-líder da oposição reconhece que marketing de Jackson foi melhor que o de Eduardo

 Cauê ao lado de JB: reconhecimento da oposição

Por Joedson Telles

Ao ser entrevistado pelo radialista George Magalhães, na 103 FM, nesta terça-feira 18, o ex-líder da oposição na Assembleia Legislativa, o deputado estadual Venâncio Fonseca (PP), reconheceu que um dos fatores que levaram o governador Jackson Barreto (PMDB) a conseguir sua reeleição derrotando o senador Eduardo Amorim (PSC) foi a superioridade do marketing governista. Segundo Venâncio, os programas de televisão do governador Jackson Barreto, por exemplo, foram mais eficientes que trabalho da equipe de Eduardo.

“Isso é indiscutível. Foi com um marqueteiro da terra, que conhece a política de Sergipe, que sabe como funciona a política de Sergipe, que conhece as pessoas que estão disputando. Cauê (o ex-secretário de Comunicação do Governo do Estado Carlos Cauê) já fez várias campanhas para prefeito de Aracaju, para governo, e tem sido competente. Ele conhece a política de Sergipe e sabe fazer um programa dirigido para as particularidades de Sergipe”, ajuizou Venâncio.

O deputado salientou que, em contra partida, o então candidato Eduardo Amorim optou por pessoas que não conhecem Sergipe. “Aí vem uma turma de fora, que são pessoas com aquelas teorias, e não conseguem a realidade de Sergipe, e são pessoas que não aceitam opinião porque acham que você quer interferir. Cada estado tem sua realidade, cada região tem sua realidade, e não se pode aplicar um marketing em Sergipe no Paraná. São culturas diferentes, são tipos de políticas diferentes. No Sul do país o eleitor não tem contato com seus representantes. Em Sergipe a realidade é outra. É só sair final de semana no interior do estado e vê os deputados, mesmo sem ser em campanha, em festas, procissões. No Sul do país pode ter certeza que antes do debate o candidato está igual a jogador de futebol, concentrado para participar do debate. Aqui o cara vai pra uma caminhada, descansa meia hora e vai para o debate”, disse.

Venâncio ainda salientou que capacidade e os méritos pessoais do adversário Jackson Barreto. “Já participou de várias eleições e todo mundo sabe de sua capacidade e energia em tempo de eleição. Ele é um candidato que não é fácil para qualquer candidato”, disse Venâncio, reconhecendo também as qualidades do aliado Eduardo Amorim. “Se tem uma pessoa que nós não podemos reclamar no nosso agrupamento político chama-se Eduardo Amorim. É uma pessoa determinada que estudou, se preparou e assumiu aquela candidatura a governador e fez tudo que um candidato a governador deveria fazer. Infelizmente, a maioria do povo sergipano não entendeu a sua mensagem. Não é fácil derrubar uma estrutura de poder”.

Provocado sobre o assunto da moda, a chamada verba de subvenção, Venâncio explicou que cada deputado faz suas indicações, para, posteriormente, juntas, estas indicações tornarem-se uma emenda coletiva a ser aprovada em plenário. “A questão da fiscalização, seja do Ministério Público Estadual, Ministério Público Federal ou Tribunal de Contas, é que toda entidade que recebe verba pública não pode ter receio nem ficar surpreso com qualquer tipo de fiscalização. Todas as entidades são passivas de fiscalização. Não tem nada de anormal nisso. Para aqueles que aplicaram corretamente, tudo certo. Para aqueles que não aplicaram, que respondam pelos seus atos. Eu sou a favor de que continue, seja como subvenção ou como emenda parlamentar através de indicação para o Governo do Estado, mas que seja impositiva. O importante é que beneficie a população”, disse.

Venâncio comentou ainda o processo de eleição da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa – biênio 015-2016. Observando que está indo para a 6ª legislatura, o experiente deputado afirmou que, neste tempo, nunca presenciou uma eleição ser decidida com tanta antecedência. “Se essa acontecer, para mim será a primeira. Começam as conversas agora, mas a definição, eu tenho impressão, que será mais a frente. Eu fico calado, ouvindo as propostas dos candidatos em relação a sua administração e tomar uma decisão no momento correto, até porque é uma eleição com vários candidatos. A oposição vai lançar candidato só pra marcar oposição política?”, indagou.

De acordo com Venâncio, a oposição precisa se reunir e analisar o nome que seja melhor para o Poder Legislativo. “A oposição dá para reunir uma quantidade de votos razoável, que possa participar de uma discussão. Na democracia, mesmo sendo minoria, tem que ter a participação de todos. Só excluíram a oposição, infelizmente, no governo Marcelo Déda. A mesa foi feita pela bancada do governo que eu acho que foi um erro que ele cometeu porque nem na época da ditadura isso aconteceu. Não quer dizer com isso que estou querendo participar, mas que a representação da oposição tenha também seu espaço político”, opinou.

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