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Evento conscientiza população sobre os 11 anos da Lei Maria da Penha

Na manhã desta quarta-feira, dia 9, a Secretaria de Estado da Inclusão Social participou, com a Unidade Móvel de Enfrentamento á Violência Contra a Mulher, do evento de abertura do Agosto Lilás, na Praça General Valadão, em celebração aos 11 anos da Lei Maria da Penha. Fruto de uma parceria entre Governo do Estado, Prefeitura de Aracaju, OAB, Sebrae, Alese, TJ/SE e movimentos sociais, o evento aconteceu durante todo o dia, disponibilizando atendimento psicológico e jurídico; um aulão público com o tema “Lei Maria da Penha: 11 anos de conquistas e desafios”; práticas integrativas de saúde; empreendedorismo da Mulher e apresentações artísticas – além dos produtos da Feira “Mulher Fazendo Arte”.

De acordo com a coordenadora da Mulher do Município de Aracaju, Maria Teles – organizadora do evento, o ato foi importante por levar a alunos da rede pública de ensino uma abordagem especializada sobre diversos temas relacionados aos 11 anos de criação da Lei Maria da Penha. “Foram muitos desafios e conquistas em favor das mulheres. E nós, da prefeitura de Aracaju, em parceira com a Seidh, promovemos esse aulão para estabelecer uma reflexão em toda a sociedade acerca da mulher, porque infelizmente vivemos numa sociedade machista e extremamente violenta. Precisamos combater isso, mostrando à população a segurança que a Lei oferece para todas as mulheres”, pontuou.

Talia de Jesus dos Santos é estudante da Universidade Federal de Sergipe. Feliz em participar do aulão, ela revela a satisfação de ver o fortalecimento da Lei Maria da Penha e toda a proteção que está direcionada à mulher. “Na minha infância, vivenciei de perto agressões do meu pai contra a minha mãe, e penso que qualquer agressão contra a mulher deve se penalizada. A Lei é importantíssima nesse sentido, porque auxilia e fortalece a mulher, para que ela possa enfrentar sem medo o problema e veja que não está sozinha”, disse a jovem.

A coordenadora estadual de Políticas para as Mulheres da Seidh, Edivaneide Lima, alerta sobre a necessidade ainda existente de se conscientizar as mulheres, para a importância da denúncia na prevenção da violência. “Se, de fato, vier a acontecer, nós temos toda uma rede de atendimento e enfrentamento, que dá o respaldo necessário para que as mulheres realizem a denúncia. A Lei Maria da Penha está aí justamente para proteger e assegurar o direito de todas as mulheres, para que ela se sintam seguras e à vontade para falar. Nós temos Organismos de Políticas para Mulheres implantados em 30 municípios sergipanos, além das duas unidades móveis do ônibus lilás para oferecer atendimento psicológico e jurídico em todas as localidades, às mulheres que vítimas de violência”, concluiu.

Josineide Santos é auxiliar de escritório e foi uma das pessoas a procurar o atendimento do Ônibus Lilás, na manhã desta quinta-feira. “Ultimamente passei por alguns problemas e enxerguei no ônibus lilás a oportunidade de receber um atendimento psicológico. Foi muito bom, porque me senti muito bem e verdadeiramente acolhida depois do atendimento e das orientações que recebi. Gostaria de agradecer tanto à prefeitura quando ao governo por nos oferecer programas como esse”.

O secretário Zezinho Sobral ressaltou a importância do trabalho realizado pelo Ônibus Lilás em todo o estado, na conscientização das comunidades mais distantes. “As pessoas – tanto homens quanto mulheres – precisam ter consciência do que é violência e de que formas ela pode se manifestar. Essa é uma questão social tão latente que leva, muitas vezes, a uma naturalização preocupante de situações de violência. A Seidh tem executado essa política de enfrentamento com dedicação porque é uma questão muito séria que precisa ser combatida. Então levar conhecimento e acolhimento para essas vítimas é essencial nesse processo”, avaliou.

Delegacias
Em Sergipe, há cinco delegacias da Mulher, localizadas em Aracaju, Lagarto, Estância, Itabaiana e Socorro. Elas funcionam de segunda a sexta, das 08h às 18h, mas em outros horários, quem quiser denunciar pode recorrer à Delegacia Plantonista. É o que conta a delegada Mariana Diniz, coordenadora do Departamento de Atendimento a Grupos Vulneráveis – DAGV da Polícia Civil. Para ela, que esteve presente no evento, o importante é encorajar a mulher para que ela leve adiante a denúncia sobre a violência sofrida e, assim, ser amparada legalmente.

“Já houve avanços, mas ainda há muito a ser feito. Infelizmente, a violência doméstica ainda está muito presente no nosso dia a dia. Os números de boletins de ocorrência e casos que chegam na delegacia são altos. A cada dia, a gente vê que a mulher está denunciando mais e muitos casos não chegam ao nosso conhecimento, são subnotificados. O ideal seria que não houvesse violência e que esses números fossem caindo até zerar; que houvesse respeito mútuo e agente não precisasse conscientizar. Então, hoje é um dia de reflexão coletiva, para que a gente possa, de mãos dadas – poder publico, sociedade, famílias – enfrentar com eficácia a violência doméstica”, finalizou.

Agosto Lilás

A programação do Agosto Lilás nesta quinta contou, ainda, com o Projeto Cine-Cidadania, que possibilitou a exibição, no Centro Cultural de Aracaju, de curtas sobre Violência Doméstica. Já de 10 a 25 de agosto, um ciclo de diálogos sobre violência doméstica acontecerá nos Centros de Referência da Assistência Social (Cras), Centros de Referência Especializados da Assistência Social (Creas) e abrigos. O calendário será encerrado no dia 31, com o Seminário “Lei Maria da Penha – 11 anos de Conquistas e Desafios”, a partir das 9h, no auditório da Secretaria de Estado da Inclusão Social, localizada na Rua Santa Luzia, nº 680 – São José.

Enviado pela assessoria 

Modificado em 09/08/2017 18:16

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