Por Joedson Telles
Só uma dose gigantesca de ignorância ou de maldade para deixar de reconhecer o trabalho importante que a promotora de Justiça Euza Missano já prestou a Sergipe com sua atuação na área da Saúde. Ímpar. Por conta disso, entretanto, propagar que o fato de a carismática promotora está retornando às suas atribuições na Promotoria de Defesa do Consumidor é sinônimo de caos na saúde soa mesmo o caos, mas do próprio Ministério Público.
Euza Missano – ou qualquer outro agente público – não pode ser e não é maior que o Ministério Público. Ponto final. Se o contrário for provado, o que acho pouco provável, creio que seria melhor baixar as portas do respeitado órgão, que tem na sua gênese servir à população, e reinventá-lo – dada à missão social imprescindível.
Note, internauta, que muito mais que enxergar o mérito indiscutível de Euza Missano, manter este discurso de caos na Saúde por conta da permuta é alimentar de forma perigosa o juízo que não há nos quadros do Ministério Público de Sergipe outro promotor com a mesma competência e o mesmo comprometimento com a causa que doutora Euza Missano abraçou. Isso de forma preconceituosa, já que o sucessor de Euza sequer está tendo tempo de assumir a função e mostrar serviço. Está sendo colocado em xeque sem sequer dar as caras.
Pra concluir, o internauta deve estar a se perguntar: por falar no assunto, houve ou não pressão do governador Jackson Barreto para tirá-la da Saúde? A notícia velada em outros espaços da mídia e ecoada por políticos adversários de JB é real? Sinceramente? Não sei. Euza sustenta isso? Só sei de uma coisa: se tivesse provas (pra sim ou pra não) jogava tudo nesta página. Todavia, pautado no conhecido jargão jurídico “o ônus da prova cabe a quem acusa” opto por não colocar a mão em chamas alheias. Até porque determinados juízos desgastam uma instituição séria como o MPE.
Foto: Fernanda Araújo
Modificado em 26/03/2014 12:17