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“Estamos caminhando para ter um grande responsável: Pazuello”, diz Rogério

O senador Rogério Carvalho (PT), ao fazer uso da palavra, nesta quinta-feira, dia 20, durante a CPI da Pandemia, expôs contradições e inverdades do depoimento do ex-ministro da Saúde, o general do Exército Eduardo Pazuello. Rogério também definiu o que classificou como “efeito Bolsonaro”, que seria uma ação deliberada de o governo de deixar a população exposta ao coronavírus, para adquirir imunidade naturalmente.

No início da intervenção, o senador petista recordou que os ex-ministros da Saúde, Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich, disseram que a culpa da pandemia é do presidente Bolsonaro, e que o ex-chanceler Ernesto Araújo e o ex-secretário de Comunicação Fábio Wajgarden disseram que a responsabilidade da pandemia é de Pazuello.

“Já o senhor vem aqui e diz que tudo que aconteceu é de responsabilidade sua e que o presidente não interferiu na sua gestão. Não sei se o senhor está compreendendo o que está acontecendo: estamos caminhando para ter um grande responsável: o ex-ministro Eduardo Pazuello”, afirmou.

Na sequência, o senador Rogério recordou a fala de Pazuello na CPI em que o ex-ministro afirmou que se encontrava com Bolsonaro semanalmente, e que o ex-capitão nunca deu ordem específica e nunca contradisse nenhuma decisão de Pazuello e que não existe assessoramento paralelo ao presidente na área da saúde. “Ora, se tudo isso é verdade, então foi do senhor a decisão de tentar limitar a ação de governadores e prefeitos no STF contra o estabelecimento de medidas protetivas não farmacológicas”, disse.

Com essa argumentação, o senador expôs a contradição e a falta de verdade nas declarações de Pazuello, uma vez que, na CPI, o ex-ministro defendeu o distanciamento social, o uso de máscaras a higienização das mãos e disse não ser a favor da teoria da imunidade de rebanho.

“Na prática, o governo tomou outro rumo e o senhor assumiu como sendo de responsabilidade sua. O governo tomou exatamente o rumo prescrito pelo presidente Bolsonaro e o que colhemos hoje é o resultado do efeito Bolsonaro na pandemia”, apontou.

Em seguida, o senador sergipano afirmou que estudos demonstram que nas regiões com mais votos em Bolsonaro houve mais mortes. “Se considerarmos todos os municípios do Brasil, a taxa de mortalidade daqueles que votaram no 17 é 54% maior e é maior porque é justamente nesses municípios em que o isolamento social tem sido menor. A diferença entre o número de mortes chega a 90 mil vidas”, explicitou.

“Indago ao Brasil e a todos que estão nos vendo, será que senhor foi contaminado pelo efeito Bolsonaro de expor a população e largar a própria sorte a esse vírus mortal que é o coronavírus? Esse é o efeito Bolsonaro que matou mais quem o apoia.”, disparou

Além disso, o senador Rogério recordou que Pazuello declarou na Comissão que o motivo da saída dele do Ministério da Saúde foi a “missão cumprida” e apontou que 295.752 brasileiros morreram durante a gestão do ex-ministro. “Qual foi a missão passada pelo presidente Bolsonaro? Foi a de expandir o efeito Bolsonaro? O senhor não agiu como general, que lidera e administra situações complexas, o senhor, me desculpe a minha sinceridade, agiu como um ajudante de ordem do presidente Bolsonaro”, disse.

Por fim, o senador Rogério argumentou que a CPI terá consequências, que imputará as devidas responsabilidades e que denúncias serão feitas ao Ministério Público. “O senhor será responsabilizado pelas ações deliberadas desse governo Bolsonaro em busca da imunidade de rebanho por contaminação natural. Responderá por recomendar medicamentos sem eficácia comprovada, por trabalhar contra a vacinação, contra o distanciamento social, contra o uso de máscaras e demais medidas preventivas ao contágio do coronavírus”, concluiu.

Da assessoria do senador

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