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Estado deixa de economizar mais de R$ 3 milhões em apenas uma licitação da merenda escolar

Denúncia parte do Sintese, após levantamento sobre produtos da merenda escolar

Por Joedson Telles

O presidente da Central Única dos Trabalhadores em Sergipe (CUT/SE), Rubens Marques, o professor Dudu, classificou como grave a denúncia feita pelo Sintese, na manhã desta segunda-feira 22, comparando tomadas de preços feitas pelo próprio sindicato e pelo Governo do Estado sobre produtos alimentícios para o fornecimento da merenda escolar na rede estadual, nos anos de 2014 e 2015. Segundo os dados do Sintese, o governo poderia economizar mais de R$ 3 milhões só na última licitação. Precisamente:  R$3.063.944,00. Dudu observa que todos os anos o Sintese faz este tipo de denúncia.

“Isso tem que ser apurado com rigor. O Sintese fez um trabalho minucioso. Sério. Um levantamento de preço dos mesmos produtos que o governo fez licitação para comprar. E teve item da diferença chegar a 80%. E tem outra coisa grave: na licitação que eles acabaram de suspender, o pregão seria hoje, a maioria dos produtos nunca chegou à escola. Eu trabalho na escola. Eu conheço. O que chega é rocambole e broa. Mas até bife tinha na lista dos produtos, e nós convidamos alunos que testemunharam que este tipo de alimento que o Estado colocou na planilha nunca chegou à escola”, disse.

O presidente da CUT denuncia que, além do problema do alto preço e do precário cardápio, nem sempre há merendeira nas escolas para servir os alunos. “Quem ajuda a servir são os próprios alunos. A situação é grave. Não dá para chamar de alimentação escolar. É um lanche mal feito mesmo, que não é adequado para o clima de Sergipe. Deveriam servir frutas, que é mais saudável e é orientado pela Organização Mundial de Saúde. Não sei por que o Estado não segue esta orientação”, disse Dudu.

Presidente do Sintese, a professora Ângela Melo explicou que, após as denúncias sobre os escândalos na alimentação escolar, o Sintese fez pesquisa de amostragem, e percebeu que há algum problema. “Com o valor economizado o governo poderia ofertar aos seus estudantes uma alimentação dentro dos preceitos do que rege a legislação da alimentação escolar”, avaliou.

Modificado em 22/06/2015 13:39

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