Por Joedson Telles
O prefeito de Aracaju, o ex-governador João Alves Filho (DEM), não citou nomes, mas qualquer sergipano minimamente informado é capaz de acertar sem pensar o alvo das suas duras críticas, ao ser questionado sobre os problemas na Saúde Pública de Sergipe. “Nós tivemos uma pessoa que foi o grande responsável pela destruição do Estado. Eu deixei o Hospital João Alves como modelo para o país. Todo arrumado. Tudo funcionava muito bem. Chegou lá um cidadão, que não quero falar o nome, chegou a quebrar dentro do hospital várias paredes. O que era o Hospital João Alves hoje mudaram até o nome e colocaram HUSE, e eu até gosto porque está tão bagunçado… coloque o nome de HUSE mesmo. É uma vergonha”, disse o ex-governador ao Universo.
Segundo João Alves, a mesma coisa o mesmo cidadão – cujo nome continuou omitindo – fez com uma maternidade pública. “E eu fiquei revoltado. Eu entreguei a maternidade Nossa Senhora de Lourdes com tudo pronto: com equipamento, UTI moderna para as parturientes, para as crianças, e mantiveram fechado por mais de um ano. Nós tivemos no Ministério Público e eu agradeço muito ao dinamismo do MP, e nós conseguimos abrir a maternidade um ano e dois meses depois. Eu acho que esse rapaz deveria estar fazendo uma análise da consciência dele: como poderá explicar ele, um médico, ter provocado, por exemplo, em um ano e dois meses, certamente, morreram muitas parturientes que não tinham onde ficar por ser uma gravidez de alto risco”, disse João.
De acordo com o prefeito de Aracaju, o cidadão foi mais longe. “Esse mesmo senhor, que eu não gosto nem de falar o nome, a gente deixou o hospital infantil todo pronto, com suas instalações físicas para funcionar. Inauguraram uma bagunça que está lá misturando as crianças com adultos. Deixamos o hospital moderníssimo. Era o mais moderno do Norte-Nordeste brasileiro e até hoje não funciona. E achando pouco o mal que fez aqui mandou fechar a maternidade Hildete Batista. Isso é uma coisa irresponsável”, disse.
Modificado em 14/07/2014 21:33