Os enfermeiros da rede municipal de Aracaju realizaram uma paralisação de 24 horas e uma mobilização de três horas na Praça Fausto Cardoso, no centro da capital, nesta terça-feira (14). Os dois atos, organizados pelo Sindicato dos Enfermeiros do Estado de Sergipe (Seese), visam chamar a atenção da sociedade sobre o descaso que a Prefeitura Municipal de Aracaju vem tratando a questão da remuneração e das condições de trabalho da categoria que conta com cerca de 400 enfermeiros na capital.
De acordo com a presidente do Seese, Shirley Morales, a causa desta paralisação é semelhante a da greve dos enfermeiros em fevereiro deste ano, quando por quase 60 dias a categoria esteve reivindicando. O eixo da paralisação está baseado em pelo menos três pontos: criação da gratificação por desempenho, que outras categorias já recebem; retorno do percentual de 5% no avanço dos interníveis, que hoje o percentual é de 4%; e correção do valor da hora trabalhada do serviço de urgência, que atualmente tem o valor mais baixo da rede municipal. “Queremos um tratamento isonômico para todos os trabalhadores da Saúde”, explica Morales, acrescentando ainda a necessidade de melhorar as condições de trabalho.
Durante a mobilização no centro de Aracaju, os enfermeiros prestaram serviços aos transeuntes, como aferição de pressão arterial (PA) e verificação de glicemia. Houve panfletagem com informações sobre os motivos do ato e da paralisação, além de faixas reivindicando melhorias para a classe. Depois do movimento, que contou com o apoio da Central dos Trabalhadores e Trabalhadores do Brasil (CTB), ficou acertada uma assembleia nesta quinta-feira (16), às 14h30min, na sede do Seese, para fazer um balanço da paralisação e traçar os próximos passos, que poderão até se estender para um indicativo de greve.
Reunião
Na última segunda-feira à tarde, o secretário municipal de Saúde, Luciano Paz, recebeu os diretores do Seese, no prédio da secretaria, onde foi discutida a pauta de reivindicações. Na ocasião, ele explicou que tem tido ciência de muitas questões e que irá analisar cada ponto. Mesmo assim, a categoria requer urgência uma vez que o pleito já foi apresentado para outros secretários que passaram pela pasta, mas que não atenderam os enfermeiros.
Enviado pela assessoria