Nesta primeira etapa serão erguidas 608 casas, referentes aos lotes 1 e 2, num investimento de R$ 46,4 milhões. Durante o ato, o prefeito também assinou o decreto 6989/2022, que reajusta o auxílio-moradia para R$ 400. O governador Fábio Mitidieri participou da solenidade.
“Este é um grande sonho que estamos realizando. São mais de 124 milhões de reais, no total, de um empréstimo que a Prefeitura tomou para concretizar este projeto social gigantesco, transformando a realidade de milhares de famílias que moravam em condições precárias, em barracos, na lama. Depois de uma grande batalha, travada por nós, estamos, enfim, dando início à construção das casas do residencial Irmã Dulce dos Pobres, cumprindo um compromisso que firmamos com os moradores que moravam na antiga ocupação. É uma obra completa e que reúne moradia, qualidade de vida e dignidade”, afirmou o prefeito.
O gestor da capital lembrou também que, além do residencial, o projeto incluirá uma reserva extrativista para preservação das mangabas, com uma área semelhante a do Parque da Sementeira. “Será um parque maravilhoso para que as pessoas possam passear, desfrutar, além de cultivar a mangaba, o que garantirá sustentabilidade. Além disso, todas as questões ambientais foram respeitadas. Há um conselho que foi criado por nós para cuidar da área, já estamos discutindo um plano de manejo, então será um lugar de preservação das mangabas, mas que também será fundamental para a educação ambiental”, frisou.
Edvaldo ressaltou ainda a relevância da obra para o bairro 17 de Março, planejado e erguido em seu primeiro mandato como prefeito da capital. “É uma obra que engrandece o 17 de Março, um bairro que foi idealizado na minha primeira gestão como prefeito da cidade e que hoje é dotado de infraestrutura, de escola, de praças, de unidade de saúde, e tudo o que um bairro necessita para que os moradores possam viver com dignidade. Tenho a felicidade de ser o prefeito desta capital que, depois de muitos anos, ergueu o primeiro bairro planejado, com qualidade de vida”, expressou.
Sobre o reajuste do auxílio-moradia anunciado durante a solenidade, que é pago pela Prefeitura aos antigos moradores da ocupação das Mangabeiras e que será mantido até a entrega das casas, Edvaldo pontuou que a iniciativa foi adotada para “compensar a inflação”. “O valor do auxílio estava defasado, os aluguéis estão subindo, então adotamos essa medida para resolver um problema que estava começando a existir, no que diz respeito ao auxílio-moradia”, declarou.
Presente na solenidade, o governador Fábio Mitidieri parabenizou o prefeito pela realização “da grandiosa obra”. “São 1.320 casas que realizarão o sonho da casa própria para milhares de famílias. É uma obra importantíssima para a nossa capital, que melhorará de maneira significativa a vida dessas pessoas, então parabéns ao prefeito Edvaldo Nogueira pela determinação para que esse projeto se concretizasse e parabéns aos moradores que serão agraciados”, disse.
Realização
A assinatura da ordem de serviço para início da construção das casas foi bastante comemorada pelos futuros moradores do residencial que viram no ato a esperança por dias melhores. Foi o caso de Adriano dos Santos, que disse ter aguardado “ansioso pelo momento”. “Vivíamos na ocupação de forma miserável e hoje o prefeito está nos dando a oportunidade de uma nova vida, com a nossa moradia. Sou muito grato a ele por honrar a sua palavra e construir as casas no local que morávamos. A expectativa agora é ver esse residencial pronto e receber as chaves”, comemorou.
Da mesma forma, a moradora Pauline dos Santos “agradeceu pela conquista maravilhosa”. “Sempre tive esperança de que o projeto sairia do papel, mas não imaginava que fosse acontecer tão rápido. Só de ver a terraplanagem, já estou achando tudo lindo. Foram seis anos passando por humilhações, vivendo dias difíceis, e agora tudo está mudando. É muita felicidade”, expressou.
Para Cláudia Andrade, que chegou ao local há cinco anos para viver na ocupação, o início da construção das casas representa “uma grande realização”. “Todo mundo que mora em em favela sonha em ter uma casa digna. Então, só posso agradecer à Prefeitura e ao prefeito por mostrarem que é possível. Que outros políticos possam se espelhar no prefeito Edvaldo porque ele cumpre o que promete”, celebrou.
Residencial
Das 608 casas que serão erguidas nesta fase, 568 terão modelo padrão, 32 serão do tipo acessível e outras oito serão do tipo ‘acessível isolada’. Elas ocuparão uma área de 30.237,76 metros quadrados e terão o formato sobrepostas, com uma sala, dois dormitórios, cozinha e área de serviço. No caso das unidades do tipo ‘acessível isolada’, elas serão adaptadas para pessoas com necessidades especiais e não serão incluídas no modelo sobreposto.
Para ganhar celeridade no processo de construção das residências, a administração municipal dividiu a obra em cinco lotes, de acordo com o presidente da Empresa Municipal de Obras e Urbanização (Emurb), Sérgio Ferrari. “Nossa previsão é, até o final de fevereiro, iniciar as obras de todos os lotes para que possamos garantir que as casas sejam entregues no mesmo período à população. Hoje concretizamos um projeto que começou lá em 2018, comprovando que a gestão do prefeito Edvaldo Nogueira tem lutado para dar condições de moradia digna às famílias que mais precisam da capital sergipana”, detalhou.
Ferrari acrescentou ainda que a obra de infraestrutura do residencial alcançou 70% de execução. “Uma parte já está toda asfaltada. Vamos asfaltar a outra parte e instalar o sistema de energia elétrica. Mas as redes de drenagem, de esgoto e a implantação das vias já estão concluídas. Além disso, a reserva já está toda cercada, com um cercamento semelhante ao que fizemos no Parque da Sementeira, para valorizar o parque e permitir que as pessoas, ao passarem pela área, possam ver a sua extensão. Também construímos um acesso a mais na reserva, atendendo a uma solicitação dos moradores”, explicou.
O projeto
Com um investimento de R$ 124 milhões, a Prefeitura de Aracaju construirá um complexo habitacional onde antes existia a ocupação das Mangabeiras. Para a execução do projeto, a gestão municipal realocou mais de 1 mil famílias que residiam por mais de cinco anos na ocupação. Todas foram levadas para casas alugadas pela Prefeitura onde permanecerão até que as obras sejam finalizadas.
O projeto está sendo realizado através do programa Pró-Moradia, do governo federal. São R$ 116. 767. 847 milhões, oriundos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), com contrapartida do município de R$ 7.934.000,00 destinada para o aluguel social. A primeira etapa, para infraestrutura do terreno, foi iniciada em 2021, e inclui a implantação das redes de drenagem, de esgotamento sanitário, de sistemas de abastecimento de água potável e de energia elétrica, além da pavimentação asfáltica e acessibilidade. Atualmente, esta fase está com 70% de toda a parte estrutural concluída.
Acompanharam a solenidade o -vice-governador, Zezinho Sobral, a vice-prefeita e deputada federal diplomada, Katarina Feitoza, a primeira-dama do Estado e secretária de Estado do Desenvolvimento e da Cidadania, Érika Mitidieri, o secretário de Estado da Casa Civil, Jorginho Araujo, os vereadores Antônio Bittencourt, Sargento Byron, Cícero do Santa Maria, Manoel Marcos, Pastor Eduardo e Pastor Diego, além de secretários municipais.
Foto: Ana Lícia Menezes?PMA
Modificado em 16/01/2023 13:07