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Eduardo Amorim x Jackson Barreto: uma comparação de biografias

Por Paulo Márcio

Após vários meses sofrendo virulentos ataques promovidos por Jackson Barreto (PMDB) e companhia – intensificados com o início do horário eleitoral gratuito no rádio e na televisão -, Eduardo Amorim (PSC) enfim decidiu reagir e, sem incorrer em baixaria, encontrou o tom adequado para responder às agressões.

O destempero verbal de Jackson Barreto mostra que ele, após 40 anos de vida pública e fingida mudança de hábito, continua o velho lobo de sempre: perde o pelo mas não perde o vício. De forma contundente, Eduardo lembrou que a mesma artilharia outrora utilizada contra Augusto Franco, Albano Franco, João Alves Filho, Maria do Carmo Alves, Valadares e Marcelo Déda, dentre outros, agora se volta contra ele e sua família, desta feita criando uma confusão entre as figuras do senador e seu irmão, o empresário Edivan Amorim, de maneira a distorcer os fatos e lucrar com a desinformação.

Aliás, como já escrevi aqui no Universo Político, essa história de Bem contra o Mal, urdida nos bastidores da campanha governista, é uma das coisas mais estapafúrdias e ridículas a que tive o dissabor de assistir em toda a minha vida. Maniqueísmo espúrio, da pior espécie, do tipo que faz embrulhar o estômago. O mesmo tipo de veneno que o PT destila contra Marina Silva e Aécio Neves.

E antes que os bajuladores empoleirados nas redações e nos cargos comissionados do governo comecem a fazer acusações e ilações estúpidas a meu respeito, deixo aqui um recado: jamais fiquei em cima do muro e sempre assumi as consequências pelas minhas escolhas. Logo, não é segredo nenhum que voto em Eduardo Amorim para governador e Aécio Neves para presidente, os quais reputo como os mais preparados para conduzir os destinos do Estado e do País, respectivamente, pelos próximos quatro anos. Num eventual segundo turno entre Marina e Dilma, não tenham dúvida de que votarei em Marina.

Assim como a maioria do eleitorado, preferia um debate em alto nível, com a apresentação de propostas concretas e exequíveis, como Eduardo vem fazendo. Não obstante, entendo e apoio a sua necessidade em erguer os punhos para enfrentar com coragem e denodo essa carga de acusações infundadas. Mais: se fizesse parte da coordenação de campanha de Eduardo, defenderia uma postura menos defensiva e mais agressiva do candidato há muito mais tempo. Por uma simples razão: o bom-mocismo não pode ficar refém da beligerância e da descompostura, em nome de nenhum valor que não seja a defesa da ética, da democracia e da moralidade.

E que os maniqueístas entendam uma lição: seres humanos não têm que ser necessariamente bons ou ruins, do contrário seriam anjos ou demônios. Seres humanos têm que ser íntegros e plenos, usando da agressividade, sempre que demandados, para defender a honra e a verdade. Daí o acerto de Eduardo Amorim em chamar o feito à ordem e desafiar Jackson Barreto para uma comparação de biografias, passando em revista suas vidas pessoal e profissional. A questão é saber se Jackson aceitará o desafio ou insistirá na campanha de desinformação e desqualificação do senador e seus familiares.

A propósito, Maquiavel dizia que aquele que queira, em tudo, agir como bom, acabará arruinando-se em meio a tantos que não são bons. Alguém porventura já descobriu algo mais verdadeiro a respeito da natureza humana?

 

 

Paulo Márcio é Delegado de Polícia Civil e articulista do Universo Político.com.br

Contato: paulomarcioramos@oi.com.br

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