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Eduardo Amorim diz que Sergipe vive situação difícil em áreas prioritárias

O senador Eduardo Amorim (PSC-SE) considerou os serviços públicos de Saúde em Sergipe como “desprezada e com gestão ineficiente”. O parlamentar apontou números do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES) cuja base serve para abastecer os dados do Sistema de Informações da Saúde. “Temos o conhecimento que o número de leitos para prestar atendimento à população sergipana se encontra abaixo da meta mínima definida pelo Ministério da Saúde, que é 2,5 – 3 leitos para mil habitantes”, lembrou.

Para Eduardo Amorim, os números não podem ser considerados como novidade, já que em outros momentos, ele teve a oportunidade de expressar preocupação com os rumos com que a administração da saúde estava tomando em Sergipe. “O fato se agrava, dia a dia, quando, de acordo com os dados, a rede privada de saúde no estado de Sergipe atende apenas 15 a 20% da população”, disse ao apontar ainda que, 13,5 da população sergipana não tem qualquer plano de saúde privado, “portanto somos um Estado e um povo extremamente dependente do SUS”.

O senador sergipano mostrou preocupação e indagou os parlamentares presentes “e, quando as portas dos hospitais públicos estão fechadas, ou quando não há o atendimento adequado, significa a diferença entre a vida e a morte”, acredita. Segundo ele, todos os dias ocorrem próximo de 30 óbitos no principal hospital de urgência sergipano, o HUSE.

“Parece que estamos vivendo um estado de guerra, mas não estamos. É a violência encampada, e é um sistema de saúde extremamente precário. Numa realidade como a nossa, o problema do déficit de leito funciona, portanto, em casos de extrema gravidade, como uma sentença de morte para milhares e milhares de sergipanos”, denunciou Amorim ao explicar que torna-se, assim, desumana a escolha pelos profissionais de saúde de quem pode ou não ser atendido.

Ao apresentar a situação da saúde sergipana, Amorim mostrou matéria recente do Jornal da Cidade que relata entrevista com o especialista em medicina extensiva, Hugo Canavessi, que mostra um indicador de leitos que se pressupõe que estejam em funcionamento, sob pena de os dados fornecidos sejam induzidos ao erro. “Mesmo com o acesso aos números oficiais, encontra-se certa dificuldade em se saber com certeza quais os leitos que realmente funcionam em Sergipe e quais são os virtuais”, disse.

Segundo Canavessi, há cinco anos havia 3.232 leitos disponíveis, 1,6 para mil habitantes. “Em 2014, com uma população estimada em 2,5 milhões de habitantes, o número de leitos necessários oscilaria entre 5.625 e 6.750, acima da nossa realidade”, mostrou Amorim. Para ele, falta conhecimento dos gestores nos governos estadual e federal no que diz respeito à saúde em Sergipe.

Ele reclamou ainda que, há quase quatro anos, existe dinheiro de emenda parlamentar para construção de um hospital do câncer em Aracaju, mas até agora nenhuma parede foi construída. Enquanto isso, os doentes de câncer morrem ou vão se tratar Alagoas.

 

“É um verdadeiro descaso com a saúde pública do nosso estado. A mídia nacional já vem alertando há muito tempo para o problema. O Ministério Público também já se manifestou: pediu a intervenção federal. Infelizmente, nada ainda se concretizou. Espero que as autoridades competentes atentem à gravidade da situação e possam fazer alguma coisa para reverter esse quadro de dor, sofrimento e desesperança do povo sergipano”, disse o senador.

 

Eduardo Amorim disse, ainda, que a violência aumentou muito nos últimos anos em Sergipe, agravando ainda mais os problemas da saúde pública. Ele disse que o estado já é o quarto mais violento do país e a previsão é de que lá ocorram, este ano, mais de mil homicídios.

 

Enviado pela assessoria

Modificado em 08/12/2014 18:18

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