body { -webkit-touch-callout: none; -webkit-user-select: none; -khtml-user-select: none; -moz-user-select: none; -ms-user-select: none; user-select: none; }

Eduardo Amorim descarta João Alves e apoiará Valadares Filho

Senador não antecipa sua decisão, mas deixa evidente nas entrelinhas

Eduardo: “deixaram de planejar Aracaju”

Por Joedson Telles 

O senador Eduardo Amorim (PSC) anunciará, esta semana, que se somará à pré-candidatura do deputado federal Valadares Filho (PSB) à Prefeitura de Aracaju. Apesar de não antecipar sua escolha, nos últimos meses, Eduardo Amorim não poupou críticas à gestão do prefeito João Alves Filho (DEM), sinalizando o rompimento. Voltar atrás e subir no palanque de João Alves, além de contrariar o seu grupo, seria um tiro no pé da sua coerência. Nesta entrevista, por exemplo, ele volta a destacar negativamente a administração do ex-aliado do DEM, ao ser provocado pelo Universo sobre os principais desafios do próximo prefeito de Aracaju. “São os mesmos de alguns anos atrás: Saúde, Educação, Mobilidade Urbana. Por incrível que pareça, deixaram de planejar Aracaju, uma cidade que nasceu de um sonho, e que foi totalmente planejada/projetada. Uma gestão mais próxima, que tenha zelo, que cuide melhor de Aracaju”, diz, alfinetando o prefeito João Alves. Ainda nesta entrevista, Eduardo Amorim volta a fazer duras críticas à gestão Jackson Barreto – sobretudo na área de Segurança Pública. “O Estado está falido e sem comando, e a Segurança Pública, com toda certeza, está nesse meio. A gente não ver esperança em área nenhuma”, diz. A entrevista:

O senhor afirmou que o Governo do Estado perdeu o controle sobre Segurança Pública, e salientou: “se é que algum dia teve…”. O governador Jackson Barreto fracassou no quesito Segurança Pública?

Não apenas no quesito Segurança Pública, mas também na Saúde, na Educação; no quesito respeito ao servidor público, com toda certeza, é um governo fracassado e sem comando.

O senhor quer dizer que o projeto faliu?

Esse é o reflexo do Estado. O Estado está falido e sem comando, e a Segurança Pública, com toda certeza, está nesse meio. A gente não ver esperança em área nenhuma. Qual a esperança que nós temos na Educação? Sergipe com 400 mil analfabetos? Qual esperança nós temos na Saúde, que tem o dinheiro para construir um Hospital de Câncer e não se faz nada absolutamente, além da Fundação Hospitalar criada e falida por esse mesmo grupo que vem gerindo o nosso Estado?

O presidente da OAB/SE, ao reunir a imprensa e comentar o covarde assassinato que vitimou um cobrador de ônibus de Aracaju, disse que quem deveria estar ali dando aquela entrevista era o governador Jackson Barreto, e não ele. O senhor concorda que o governador deve uma explicação à sociedade?

Com toda certeza, afinal o povo lhe deu o crédito, a confiança, mas quando eleito, ele retribuiu para o sergipano da seguinte maneira: “não me peça mais nada, porque eu já consegui o que queria: ser governador do Estado. E agora não serei mais político-parlamentar”. Então, parece que ele cruzou de fato os braços, lavou as mãos, e está deixando o povo completamente sem proteção.

Mas ao reassumir o governo, o governador cobrou à Secretaria de Segurança Púbica eficiência e perfeição.

E ele assumiu o governo agora? E ele não vem cobrando não, é? Se não vem cobrando, é porque realmente ele está fazendo aquilo que prometeu, ao reassumir sua posição de governador: lavou as mãos.

Quando cobrada, a SSP fala em legislação. Argumenta que prende e logo o preso é solto. Devemos esperar sempre pelo pior, então?

Quem solta não é o legislador. Essa é uma questão que realmente envolve os três poderes: Executivo, Legislativo e o Judiciário. Leis nós temos, agora, que é preciso renovar, aprimorar, contextualizar, com toda certeza, e a gente vem lutando por isso lá no Congresso. O que está havendo é uma falência de créditos: a polícia não está segura; os marginais não respeitam os policiais, e não existe mais o temor destes marginais por uma suposta punição.

O Congresso tem sua parcela de culpa por elaborar as leis?

O Congresso com certeza tem a sua parcela de culpa, mas a gente sabe que nós temos exemplos de estados, como Pernambuco, então tudo está inserido numa boa condução: gestão, educação, qualidade de vida. Um estado como o nosso que não tem uma fronteira vigiada? É preciso ter gestão, apenas isso.

Quando o senador Eduardo Amorim anunciará se será candidato a prefeito de Aracaju ou se estará no palanque de um dos candidatos?

Com toda certeza, esta semana, faremos o anúncio sobre o nosso posicionamento.

Quais os principais critérios levados em conta, antes do anúncio?

O melhor para Aracaju, o melhor para Sergipe. Queremos apenas o melhor.

Quais os principais desafios do próximo prefeito de Aracaju?

São os mesmos de alguns anos atrás: Saúde, Educação, Mobilidade Urbana. Por incrível que pareça, deixaram de planejar Aracaju, uma cidade que nasceu de um sonho, e que foi totalmente planejada/projetada. Uma gestão mais próxima, que tenha zelo, que cuide melhor de Aracaju.

O senhor esteve bem perto de assumir o PSDB em Sergipe, legenda que tem um nome considerado forte para ser indicado como pré-candidato a vice-prefeito numa suposta chapa encabeçada pelo “pré-candidato não declarado” João Alves: José Carlos Machado. Mas há quem tente rifar Machado da majoritária para indicar outro nome. Como avalia esta situação de Machado? O PSDB precisa se impor?

Machado é um dos fieis soldados de Dr. João. Já o nosso grupo nasceu há 10 anos, em busca de um novo caminho para Sergipe, um grupo independente. Lá atrás nós já tínhamos razão, desde então, alguns permaneceram com Dr. João e outros não.

Modificado em 24/07/2016 07:15

Universo Político: