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E a falta de segurança atende por Mendonça, Iunes e Everton? E Jackson?

Jackson e Mendonça: mudanças

Por Joedson Telles

Além de tirar a vida de mais um policial, a bandidagem marca o carnaval 2016, assinando mais de 30 homicídios. Segundo a mídia, exatos 32 cadáveres. Metade no solo de Aracaju. Seria uma forma irônica de fechar o atual ciclo do governo Jackson Barreto em se tratando da Secretaria de Estado da Segurança Pública de Sergipe?

Recorro aos botões: e se o governador promover, de fato, as mudanças especuladas, mas não cobrar do seu governo um diagnóstico que explique o fracasso da era Jackson, Mendonça Prado, Maurício Iunes e Everton Santos na SSP é possível mesmo apostar em dias melhores? Não teremos a exibição do mesmo filme de terror só que com atores diferentes? E aí?

Vou mais além: o problema está mesmo no material humano ou na ausência de projeto de governo? O caos repousa no individual ou no coletivo? O que falta para Sergipe ganhar a guerra contra os bandidos? Os erros emergiram no meio do caminho ou o governador já escalou errado, sem antes ter sequer a noção da missão para a qual estava selecionando os, supostamente, melhores?

Sem tais respostas, inclusive para escalar os novos e melhores nomes para enfrentar o mostro de frente, fica difícil acreditar que mude alguma coisa.

Note-se: o mesmo governo, a mesma polícia, os mesmos bandidos e mesma sociedade a clamar por segurança. Aí se exclui Mendonça, Iunes e Everton e está resolvido o problema? A tranquilidade retorna? Assim ao estilo Jeannie é um Gênio? Seria isso? Os problemas de segurança de Sergipe respondem pelos nomes de Mendonça, Iunes e Everton? Por este ângulo, a coerência lembra em tempo: e Jackson? Não estaria a avocar o lugar comum “tirar o braço da seringa?”

É imprescindível Jackson Barreto, cujo governo ainda não conseguiu implementar um projeto eficiente também na área de segurança, não perder mais tempo e cobrar o diagnóstico. Parar de atirar no escuro. Ou se já tem as tais respostas em mãos dividir com a população que custeia não apenas seu salário, mas também os demais vencimentos de todos que têm obrigação de garantir segurança. Jackson precisa emergir publicamente, explicar onde errou e renovar as promessas de soluções. Dar satisfação. É o mínimo que se espera. Muita gente perdeu a vida.

Do jeito que se desenha, contudo, a coisa reside muito nos bastidores. Exclui-se o maior interessado no assunto: o contribuinte.

Que não existe segurança em Sergipe é fato. Ninguém precisa ratificar. Que algo tem que ser feito idem. Mas qualquer governo, minimamente, preocupado com a população tem a obrigação – e não foge – de dar explicações convincentes dos seus passos mais importantes – até para não deixar dúvida da intenção de acertar.

No caso em foco, dado o caos na segurança, o governador não pode passar a ideia que sequer tem discernimento dos reais motivos que levaram o Estado a perder feio para os bandidos, e está promovendo mudanças por promover. Sem levar este juízo a cabo, passa a ideia que fritar Mendonça, Iunes e Everton seria o menor prejuízo. Mais vidas em xeque a parte mais cruel da história.

P.S. Solidariedade à família do professor de educação física assassinado em Aracaju, nas últimas horas.  

Modificado em 11/02/2016 23:24

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