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Donos da verdade. Cheios de mentira

Por Will Rodrigues

Está mais do que comprovado que a Globalização é a grande estrela do século. Pessoas de todas as partes do mundo, que afinal foram unidas por este fenômeno, concordam que, somos índios de uma aldeia global, movida pela velocidade da internet. Todavia, o mais interessante de se notar, é que nessa tribo,  vez por outra, todo mundo se acha “o cacique” e usa das muitas redes, feitas agora de fibra ótica, para alardear suas convicções, suas opiniões e quase sempre os seus “achismos”.

Pretensiosos que somos, nutrimos a ideia de que nossas “certezas” são o reflexo da verdade, quando nem sempre é isso que acontece. Muitas vezes, cotidianamente, aquilo que nós pensamos e dizemos ser a verdade a respeito de alguma coisa ou pessoa, não passa da nossa percepção pessoal, fruto da nossa visão, que inconscientemente, sempre vai nos atrair para aquilo que nos agrada, que melhor nos convém, mas não necessariamente expressa a essência do ser.

Seduzidos pelo poder que a rede nos dá de conseguir se comunicar com varias pessoas ao mesmo tempo – sem precisar estar vinculado a imprensa – usamos o Facebook, por exemplo, para opinar acerca da vida e da conduta de amigos, mas também dos nossos desafetos, utilizando-se, muitas vezes, de artifícios desrespeitosos e infundados. Agredimos sem receio e disseminamos ofensas gratuitas ou que não passam de pré-julgamentos, a troco de míseras curtidas daqueles que estão a nosso favor e da retaliação de quem se ofende.

Entretanto, é bom compartilhar que, mesmo que neste território cibernético, ainda não vigore uma legislação, nada me outorga o direito de denegrir, ferir ou apenas “menosprezar” a imagem de quem quer que seja, expondo tal pessoa a  constrangimentos, uma vez que, esse ato nada mais é do que o já conhecido, assédio moral – que também pode ser caracterizado como crime de injúria – e mesmo sendo virtualizado, pode e deve ser punido com o rigor da lei.

Afinal, a internet pode até ser o apito que nós, os índios, tanto queríamos. Porém, ele não nos torna juízes, nem de futebol, muito menos dos nossos semelhantes, pois todos, não passamos de pó, uma nuvem que aparece, mas logo se desfaz.

 

Will Rodrigues é estudantes de jornalismo e estagiário do portal F5 News.

Modificado em 30/05/2014 15:00

fabio:

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