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Doença renal crônica é discutida em audiência solicitada por Eduardo Amorim

Problemas enfrentados por doentes renais crônicos foram debatidos, nesta quarta-feira (30), em audiência pública conjunta das Comissões de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) e de Assuntos Sociais (CAS). O senador Eduardo Amorim (PSC-SE), autor do requerimento da reunião, ressaltou a importância dos transplantes para resolver o tratamento por hemodiálise. Após debate do tema e soluções apontadas, ficou definida a realização de audiência no Ministério da Saúde.

Para o senador Eduardo Amorim, a situação do doente renal crônico no Brasil é muito preocupante. “Dados atuais da Sociedade Brasileira de Nefrologia apontam que 100 mil pessoas fazem diálise. Dessas, 75% descobriram a doença tardiamente”, alertou o parlamentar.

Já em Sergipe, Eduardo Amorim mostrou ainda mais inquietude. “De 2013 a 2014, apesar de 124 pacientes precisarem de transplante renal, nenhum procedimento sequer foi realizado. Mais de mil doentes renais crônicos ainda aguardam o procedimento”, apresentou o senador.

A senadora Ana Amélia Lemos (PP-RS) ficou surpresa com os dados mostrados sobre a atual situação de transplantes em Sergipe. “Senador Eduardo, eu cumprimentei o seu Estado pela vanguarda, por ter sido pioneiro em transplante no Nordeste. Não sabia do estado calamitoso em que Sergipe se encontra atualmente”, lamentou.

Na reunião, o senador Eduardo Amorim apontou que a solução para minimizar os problemas dos doentes renais é a realização de transplante de rim e esclarecer o tema para a sociedade. “Além da necessidade de esclarecer as dúvidas da população, já que o tema ainda é pouco difundido, há a necessidade de se estruturar a rede hospitalar pública de maneira eficaz”, disse.

O diretor da Sociedade Brasileira de Nefrologia, Valter Duro Garcia, apontou parte da realidade atual do quadro de quem enfrenta as doenças crônicas. “Infelizmente, hoje temos dois tipos de brasileiro: se você mora no interior do Amapá e tem um problema renal, você corre grande risco de morrer. Se você mora em Porto Alegre ou em São Paulo, você pode fazer hemodiálise ou um transplante”, relatou Garcia.

Participaram da audiência, o subprocurador-geral da República, Oswaldo José Barbosa Silva; o diretor da Sociedade Brasileira de Nefrologia, Valter Duro Garcia; o vice-presidente da Associação Brasileira dos Centros de Diálise e Transplante, Paulo Luconi, e o coordenador-Geral do Sistema Nacional de Transplantes do Ministério da Saúde, Heder Murari Borba.

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