Historicamente, de acordo com ele, o estado traz uma marca de vanguarda, sendo o primeiro a realizar um transplante cardíaco no Norte/Nordeste, e a promover, na década de 1980, transplante renal em um hospital privado. “Infelizmente, desde 2012, paramos com os transplantes renais, que é a modalidade com maior demanda no mundo, e em Sergipe não é diferente. O Brasil tem uma lista nacional de aproximadamente 50 mil pessoas à espera de um transplante, sendo mais de 26 mil só para rim”, informou.
Segundo Benito, o Hospital Universitário está autorizado a fazer o transplante renal, mas ainda não iniciou os procedimentos. Em Sergipe, cerca de 1.300 pessoas realizam diálise, um procedimento considerado doloroso e com o transplante a qualidade de vida do usuário melhora significativamente. “Hoje, aqueles que precisam de um transplante em Sergipe precisam ir para outro estado, com uma diária de R$ 24,75, que não garante nem a estadia”, relata.
“Peço empenho não só da OAB, mas de todo que estão aqui como cidadãos e cidadãs, e que esse apelo consiga mobilizar a sociedade, inclusive sobre a importância de se declarar doador de órgãos. Atualmente, 70% dos sergipanos negam a doação de órgãos. Não que seja ruim, mas por falta de acesso à informação”, lamentou o coordenador. Falou ainda que antes da pandemia o tempo de espera por uma córnea era de 09 meses e que hoje é de 02 anos e 06 meses, sendo imprescindível conscientizar a população sobre a importância da doação de órgãos e tecidos. Qualquer pessoa pode precisar! Concluiu.
O presidente da OAB Sergipe, Danniel Costa, agradeceu a presença de Benito ao plenário e destacou a importância da sua luta para garantir que mais pessoas sejam atendidas com o transplante de órgãos. “Estamos solidários e vamos apoiar essa causa. Nossa Comissão de Direito Médico e Saúde já está acompanhando toda essa situação e tenho certeza que agirá, em comum acordo com a Ordem, para garantir que vidas sejam salvas em Sergipe”, frisou.
Enviado pela assessoria
Modificado em 22/02/2022 09:14