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Deputados trocam farpas tendo a segurança como pauta. E a sociedade ganha?

Samuel: falando em caixa preta

Por Joedson Telles  

O deputado estadual Samuel Barreto (PSL) não deixou barato as alfinetadas do “colega” de parlamento, Zezinho Guimarães (PMDB), que o acusou de prestar um desserviço à sociedade, estimulando a ação dos bandidos, ao expor a fragilidade da segurança pública em Sergipe. Samuel assegura que não cabe “caixa preta” na segurança pública. E explicou: o próprio governador Marcelo Déda (PT), aliado de Zezinho Guimarães, colocou em xeque a sua gestão à frente do Sebrae, falando da necessidade de se abrir a caixa preta do órgão. Aliás, vez por outra, um deputado joga isso no rosto de Zezinho Guimarães.

Os deputados, na verdade, jogam tempo na lada do lixo. Evidente que o marginal que escuta Samuel Barreto denunciando na tribuna da Assembleia Legislativa que a Polícia Militar não tem efetivo suficiente para combater o crime, que precisa de pelo menos mais 2 mil policiais, sente-se mais tranquilo para continuar ganhando a batalha contra a polícia. Entretanto, é preciso que o bandido seja muito desinformado para saber da boca de Samuel em primeira mão que a polícia precisa de efetivo. Além de o próprio Governo do Estado já ter externado a preocupação neste sentido, na prática, no dia-a-dia está flagrante.

Zezinho: temendo estímulo

Apesar de ter uma das polícias mais bem pagas do Brasil, há muito Sergipe não tem segurança. Tampouco um projeto eficiente. É como disse outro dia o deputado Venâncio Fonseca: “não temos mais crimes porque não temos mais bandidos no estado”. E o cidadão que mora em Sergipe, que custeia não apenas a polícia, mas também os deputados e demais autoridades, espera que todos, numa espécie de força tarefa, encontrem a forma de Sergipe passar a ser um lugar, no mínimo, com níveis suportáveis de criminalidade. O pagador de impostos, certamente, troca sem pensar duas vezes ações eficientes por discursos –  às vezes até “milongas”, leia-se argumentos pífios – que não levam à nada, exceto ridiculariza o protagonista.