Deputado tem sigilo bancário quebrado no Banese e culpa Zezinho Guimarães

Mundinho denuncia que Zezinho ataca o Banese por ter perdido influência no banco

Por Joedson Telles

O deputado estadual Raymundo Vieira, o Mundinho da Comase (PSL), ao fazer a defesa do Banese frente ao que define como ataque pessoal feito pelo também deputado estadual Zezinho Guimarães (PMDB) à instituição bancária, avaliou que as críticas do deputado governista contra a atual direção do banco estatal devem-se ao fato de querer usar o banco politicamente, mas não encontrar espaço. Segundo Mundinho, Zezinho não apenas fez acordos com lideranças políticas prometendo dinheiro do Banese, mas também tinha forte influência para quebrar o sigilo bancário dos clientes do banco. Como a atual direção do Banese não comunga com tais práticas, Zezinho partiu para os ataques.

“Eu mesmo sou vítima de quebra de sigilo bancário. Tenho documento que comprovam isso. Ele, mesmo fora do banco, deixava algum aliado dentro, que facilitou recolher do Banese esses documentos que comprometem muito o Banese. Mas o Banese, hoje, fiscaliza. Está indo em cima desses funcionários. Está indo em cima dele porque Sergipe é muito pequeno e sabe das ligações que ele (Zezinho) tem com funcionários do Banese. A partir daquela convocação que teve aqui (Assembleia), que a presidente do Banese veio aqui, fiz a denúncia, e acho que o Banese agiu e esses funcionários que forneciam contas de pessoas a ele recuaram. Mas houve quebra de sigilo bancário. As críticas que ele faz hoje à direção do Banese é porque não tem mais esse acesso. Está provado que ele não tem mais influência. Ele é pessoa não grata ao Banese”, disse Mundinho.

Segundo Mundinho, o deputado Zezinho Guimarães foi muito infeliz quando criticou a direção do Banese na tribuna da Assembleia Legislativa, na última terça-feira 29. Salientando que todos os parlamentares, inclusive governistas, se posicionaram contra  Zezinho e a favor do Banese, Mundinho denunciou Zezinho Guimarães se compromete com lideranças políticas no sentido de conseguir patrocínio junto ao Banese para bancar festividades. “Mas um evento, como o que existe hoje em Umabúda, que custa R$ 200 mil, o Banese não tem como custear. Porque Zezinho Guimarães é deputado do lado do governo acha que o governo deve patrocinar?”, indagou, salientando que o Banese tem seus critérios, mas participa das festividades de todos os 75 municípios sergipanos.

O deputado Mundinho ainda observou que a festa do município de Frei Paulo, por exemplo, foi patrocinada pelo Banese, que destinou em torno de R$ 20 mil ou R$ 30 mil por ser um evento de grande importância. “Uma exposição em Frei Paulo. O prefeito é muito bem relacionado uma pessoa que tem feito uma boa administração em Frei Paulo, sabe ganhar recursos em Brasília. Fez um grande evento e não reclamou do Banese. Ele (Zezinho) veio aqui com essas reclamações pelos compromissos que ele faz com as lideranças políticas dos municípios de colocar funcionário para trabalhar dentro do Banese e ele acha que é só mandar um bilhete mandando empregar as pessoas”, disse. “Ele quer fazer no Banese o que disse que fazia no Sebra: chegava nas farras e dizia que no Sebrae ele ganhava quanto queria. Ele mesmo fazia o salário.”