body { -webkit-touch-callout: none; -webkit-user-select: none; -khtml-user-select: none; -moz-user-select: none; -ms-user-select: none; user-select: none; }

Deputado denuncia que policial militar ameaça matar colegas de farda

Por Joedson Telles

Ao lamentar que uma lei do ano de 2004, que estabelece que pelo menos 10% do efetivo da Policia Militar tem que ser formado por mulheres, o deputado estadual Samuel Barreto explicou que isso gerou uma animosidade dentro da corporação Polícia Militar. “As mulheres entraram na Justiça para ter 10% destas vagas garantidas não somente nos concursos, mas também na graduação de cabo, sargento, coronel… E a Justiça deu ganho de causa, criando um problema: homens que seriam promovidos, com festa pronta, mas uma liminar chegou impedindo. Naturalmente, houve a revolta e está criando uma guerra dos sexo na corporação”, disse.

Como se isso não bastasse, o deputado revelou que há policial do sexo masculino sem falar com policial do sexo feminino. E mais: “soube, hoje pela manhã, que até ameaça de morte já aconteceu, de policial masculino contra uma policial. Isso é fruto de uma lei errada. Estou lutando para que esta lei seja revogada, e homens e mulheres tenham o mesmo direito. Inclusive neste próximo concurso”, disse.

Presidente da Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa, Samuel prometeu ainda solicitar ao governador em exercício Jackson Barreto para enviar um Projeto de Lei à Casa  mudando isso. “Que todos disputem, de acordo com os seus conhecimentos técnicos. Os casos antigos, espero que a Justiça defina um caminho norte rápido para acabar com essa animosidade. Porque os policiais trabalham armados para acontecer uma tragédia é rápido”, disse.

Preocupante as revelações trazidas à tona de deputado Samuel. É preciso que sua preocupação encontre eco. Dado o tamanho do problema com vidas literalmente em xeque, seria necessário não apenas o deputado encontrar eco no Poder Legislativo como apoio dos outros dois poderes e mais do Ministério Público, imprensa, OAB e quem mais tiver condições de contribuir para evitar que a tragédia anuncia seja materializada. Soara cinismo cruzar os braços neste momento, e, posteriormente, lamentar o homicídio.

Modificado em 05/09/2013 07:02