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Delegado diz que exposição de investigados políticos ou financiadores de campanhas incomodava o governador

Nesta quarta-feira, dia 31, o delegado Alessandro Vieira, voltou a dar entrevista sobre a sua polêmica exoneração do cargo de delegado geral da Polícia Civil de Sergipe, num momento em que a polícia reagia à criminalidade. Segundo ele, o motivo nunca foi explicado pelo governador Jackson Barreto. “Nunca tivemos essa conversa. Fui efetivamente exonerado do cargo por decisão dele. O que aconteceu foi a comunicação ao então secretário de que essa substituição seria feita e João Batista não concordou com os motivos e acabou entregando o cargo. Eu nunca tive uma oportunidade de conversa com o governador”, disse, ao ser provocado durante uma entrevista na Ilha FM.

Alessandro Vieira enfatizou, no entanto, que incomodava ao governador a forma como a Polícia Civil era conduzida com a elucidação dos crimes. “Existia uma reclamação constante com relação à exposição de investigados que têm cargos políticos ou que são financiadores de campanhas. Isso incomodava o governador. Temos a visão que o crime contra a ordem pública é o mais lesivo de todos porque atinge os sergipanos. Conseguimos sucesso no sentido de dar uma estrutura melhor para o trabalho, já contávamos com Danielle e Nadja, Gabriel acrescentou o que sabia na área de inteligência , o que proporcionou mais velocidade na elucidação das investigações, só que esses resultados incomodam”, afirmou.

Ele avaliou que o Brasil vem passando por um ciclo de mudança que muita sujeita que estava debaixo do tapete está aparecendo por força do trabalho da Polícia Federal e do Ministério Público Federal, e nos estados tem a competência da Polícia Civil, o que acaba incomodando políticos tradicionais.

“O político tradicional no Brasil gostaria de ver a polícia concentrada apenas nos crimes de rua. Não consegue compreender a necessidade que o Brasil tem de levar a polícia e o Ministério Público aos gabinetes refrigerados onde se trata da destinação de verbas. Você vê hoje isso no Governo Federal porque a polícia e o Ministério Público fizeram isso com transparência. Quando você faz um concurso público se dispõe a fazer um serviço público, trabalhar para o cidadão e eu tenho certeza que eu pude cumprir essa missão”, disse.
Do Universo, com informações da Ilha FM

Modificado em 31/05/2017 19:10

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