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De Valadares para Jackson: “Não sou homem de ser humilhado e baixar a cabeça”

“Da forma que agiu o governador do Estado Jackson Barreto, seria uma covardia muito grande da minha parte renunciar a coordenação para atender aos seus caprichos políticos. Neste momento em que Sergipe sofre tanto com a crise, as secas assolando o sertão, seria o momento do governador reunir a bancada para ajudar o estado. Não sou homem de fomentar desunião, mas também não sou de ser humilhado e baixar a cabeça”.

O aviso foi dado pelo senador da República, Antonio Carlos Valadares (PSB), na manhã desta segunda-feira, dia 6, ao ser interrompido pelo deputado federal Pastor Jony Marcos, enquanto concedia entrevista ao radialista Gilmar Carvalho, na Mix FM. O deputado federal tem insistido em intervir de forma agressiva durante as entrevistas concedidas pelo senador.

No entendimento de Valadares, o momento de crise obriga o governador Jackson Barreto “a baixar a bola” e, em vez de fomentar a desunião da bancada, priorizar os interesses do povo sergipano, reunir a bancada e apontar necessidades a serem levadas ao conhecimento do presidente da República, Michel Temer, assim como, definir as diretrizes orçamentárias para o ano de 2018.

Frustração – “Da forma que vocês agiram para me desmoralizar, eu não aceito. Confesso que nunca sofri tanta decepção, tanta frustração, com esse governo, que eu ajudei a eleger, como estou sofrendo com esse governo de Jackson Barreto”, reconheceu. “Faz um governo desastroso e se utiliza de um deputado, como o pastor Jony, para me atacar, embora sempre tenha sido ouvido quando se tratou de benefício para o Estado de Sergipe”, lamentou, lembrando que, desde que chegou ao Senado Federal, tem exercido o mandato de coordenador em governos adversários, a exemplo de Albano Franco e João Alves, sem nunca ter enfrentado tantos ataques.

Bancada

“O que está acontecendo é por conta de um governador que quer impor a sua vontade. Ao senador Valadares ele não impõe nada”, registrou, lamentando que o governo insista na renúncia dele à coordenação da bancada no Congresso Nacional. “Isso é ótimo para Jackson Barreto, isso só favorece este governo desastroso. Um deputado que se arvora de defensor do povo e, por pura vaidade, resolve me atacar porque agi dentro dos critérios da Comissão Mista do Orçamento. O coordenador que foi escolhido por você – deputado federal Laércio Oliveira – tem todos os méritos para ser, mas não foi eleito da forma regular”, reafirmou.

Desastre

Na avaliação do senador, JB usa a agressão pessoal para desviar a atenção da população para ineficiência do governo do Estado. “Tudo isso porque o governo quer mudar o foco do atraso de salários, das obras de infraestrutura paradas, apesar de serem financiadas pelo Proinvest, um descrédito total deste governo”, analisou.

Ausências

“Em plena seca, o governo resolve pedir licença de 10 dias, desaparece do Estado e vai para as praias paradisíacas ou afrodisíacas da Bahia”, condenou.

Ele também criticou a ausência do prefeito Edvaldo Nogueira em plena crise do lixo na capital. “O prefeito municipal resolve se ausentar para aprender mobilidade urbana em New York? Em New York, a gente ou anda a pé, ou de táxi, ou de metrô, ou de helicóptero. Uma cidade com 8 milhões de habitantes, onde a mobilidade urbana não é exemplo e o que tem de melhor lá é o metrô. Metrô não pode ser construído aqui. Primeiro, não tem dinheiro. Segundo, se cavar 2 metros em Aracaju, para implantar um metrô que lá é subterrâneo, aqui só dá água salgada. Como é que você vai fazer um metrô daqueles aqui, onde o lençol freático é altíssimo?”, questionou.

Enviado pela assessoria 

 

 

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