Durante audiência pública da CPI do BNDES, o deputado federal Fábio Reis (PMDB) interpelou Miguel Jorge, ex-ministro do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MIDC) entre os anos de 2007 e 2010 e que teve o Conselho Fiscal do banco vinculado à sua pasta. Entre os temas abordados nas perguntas estão os contratos do banco, os juros aplicados, transparência e corrupção. Fábio questionou o ex-ministro sobre a possibilidade de diferenciar lobby e crime nas contratações, já que, segundo denúncias, foram feitos mediante pagamento de propina. O parlamentar também abordou a priorização por operações no exterior, sendo que o Brasil é tão carente em infraestrutura. Por fim, perguntou a quem interesse a ausência de transparência no BNDES. O ex-ministro respondeu a todas as perguntas do deputado, no entanto com limitações. Para ele, o Brasil tem “um problema de base, pois não tem capacidade de fazer projetos”. Segundo ele, as prefeituras têm dinheiro disponível no Governo Federal, mas não conseguem recebê-lo, pois não apresentam projetos completos e afirmou que o Brasil precisa resolver essa questão. Em relação ao lobby e à transparência do banco, o ex-ministro foi muito breve e apenas negou que haja ausência de transparência no BNDES e que separar lobby de corrupção é muito fácil, mas não aprofundou sua resposta. Nesta quinta-feira (22), a CPI ouvirá o presidente do Conselho de Administração da empresa Enerva, Fábio Bicudo.
