Segundo o senador, o procedimento aponta fraude e “comportamento inidôneo” por parte da Precisa, alvo central da CPI da Covid. A atuação da CGU, por meio de sua corregedoria, vai na contramão do discurso do ministro bolsonarista Wagner Rosário, que desde o início minimizou as fraudes e irregularidades. O requerimento de convocação, de autoria do senador Eduardo Girão (Podemos-CE), foi aprovado no dia 10 de junho, faltando ser aprovado pela CPI.
“É importante que o ministro traga informações sobre os vários fatos que a CGU apura. A CGU é uma instituição do Estado, seríssima, mas ele (Wagner Rosário) tem que explicar a conduta claramente politizada na gestão”, afirmou o senador Alessandro Vieira. “O Brasil enfrenta hoje um desafio muito grande na democracia que é a normalização do absurdo. Não é normal um ministro de Estado fazer como Wagner Rosário, que se sujeita a manifestações políticas (contradizendo o trabalho da CGU), ou como Onyx Lorenzoni, empunhando um documento falso, num discurso amalucado contra a CPI e o Congresso.”
Onyx, que atualmente ocupa o Ministério do Trabalho e Previdência, tentou, numa tumultuada coletiva no Palácio do Planalto, desqualificar o depoimento deputado federal Luis Miranda (DEM-DF), em junho, quando denunciou a tentativa de compra da vacina Covaxin, Onyx, que à época chefiava a Secretaria-Geral da Presidência, negou irregularidades na negociação e disse que o documento apontado pelo deputado era falso. A CPI mostrou que não era