De acordo com Márcio Macedo, é preciso pensar em uma nova forma de arrecadação para a legenda, que decidiu não mais receber contribuições de empresas privadas. “O PT tomou uma decisão séria, de não aceitar doações empresariais e nós precisamos substituir essa receita. Essa nova receita conta com a contribuição dos militantes”, explicou ele. “Este é um momento muito importante, que demonstra a vitalidade da nossa militância e do nosso partido”, avaliou.
Para Lula, este é um momento histórico para o PT, que retoma algumas bases. No lançamento, ele relembrou as campanhas de 1982 e 1989, quando a legenda arrecadava recursos com vendas de camisetas e adesivos. “Nós temos de depender de nós. É muito importante o partido voltar a fazer o que ele já soube fazer muito bem”, defendeu. “Os tempos mudaram, mas eu acho que aquele tempo a gente fazia PT com mais intensidade do que a gente faz hoje”, disse.
O presidente nacional do PT, Rui Falcão, destacou que uma vez que o PT decidiu não receber recursos empresariais, “é preciso que criemos condições para financiar nossas ideias, nosso partido”. Ele destacou ainda que a campanha tentará obter doações até mesmo de quem não é filiado ao partido. “Não é só para filiados e filiadas, mas para simpatizantes, amigos, amigas e todos aqueles que querem outra organização partidária e outro tipo de financiamento da política no país”, justificou
Coletiva
Durante coletiva de imprensa, Márcio Macêdo ressaltou a importância da presença do ex-presidente Lula no lançamento da campanha. “A expectativa é de que a campanha vai ser um sucesso. Gostaria de agradecer ao presidente Lula, por sua fala de otimismo, que dialogou com os corações e mentes dos militantes do PT. Assim lançamos uma campanha forte. A presença de Lula foi fundamental. Esperamos contar com os diretórios estaduais e municipais, que serão muito importantes no processo de popularização da campanha. Tenho sentido da base do partido que ela deseja ajudar o PT a caminhar com suas próprias pernas”, disse.
Questionado se a decisão do partido de não mais receber doações empresariais é definitiva, o secretário de Finanças defendeu que o PT aguarde o resultado final da votação sobre o tema no Congresso Nacional e o julgamento da ação no Supremo Tribunal Federal. “O que estou defendendo e isso é minha opinião pessoal é que o PT, sem nenhuma perda da decisão tomada, remeta este debate para o Diretório Nacional, que deverá aguardar o marco legal do país sobre o financiamento. Com a decisão tomada pela Câmara e pelo Senado e com o julgamento do STF, quando a legislação estiver definida, o diretório nacional do partido possa debater.
Márcio Macêdo ponderou que o PT continuará defendendo o financiamento público exclusivo de campanha, posição essa que conta com o apoio da Ordem dos Advogados do Brasil e da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, além de demais entidades da sociedade civil. “O PT vai continuar a defender o financiamento público exclusivo, dialogando com sua bancada, resistindo na Câmara, no senado, em campanha na sociedade”, frisou.
Doações
A campanha lançada nesta sexta-feira estabelece como valor mínimo para doação R$ 25. O máximo é de R$ 5 mil. O pagamento das doações deverá ser feito por meio de cartão de crédito, em transação online. Ao efetuar a contribuição ao PT, os doadores receberão uma carteirinha de “companheiro oficial” para imprimir. Todas as doações gerarão recibos, que serão enviados ao doador por email ou por correio.
Enviado pela assessoria
Modificado em 12/06/2015 15:49