body { -webkit-touch-callout: none; -webkit-user-select: none; -khtml-user-select: none; -moz-user-select: none; -ms-user-select: none; user-select: none; }

Bolsonaro: uma bandeira de todos

Por Marco Pinheiro

Esta semana, causou certo burburinho no meio político uma entrevista dada por João Tarantella e Waldir Viana em tom de crítica a Lúcio Flávio Rocha onde, este último, se coloca como único candidato que pode representar o Bolsonarismo na disputa pela Prefeitura Municipal de Aracaju. Tarantella e Viana se sentiram ofendidos com o pragmatismo de Lúcio Flávio. E com razão.

A eleição de Jair Messias Bolsonaro à Presidência da República foi um marco na história da política brasileira. Diferente de tantos outros, o presidente saiu vitorioso por fazer uma campanha nos braços do povo que queria uma renovação no comando do País. Um movimento conduzido por homens abnegados, que abraçaram a ideia quando muitos não acreditam.

É preciso relembrar os fatos: várias correntes empresariais tinham candidatos distintos no início do cenário eleitoral em 2018. O Brasil 200 foi fundado por Flávio Rocha, empresário da Riachuelo, com a intenção de falar com liberdade econômica e para viabilizar a candidatura do próprio Flávio Rocha, então pré-candidato à Presidência pelo PRB. Candidatura com ideias importantes, inovadoras e modernas, mas que não teve aderência popular e não decolou.

A ala conservadora do setor produtivo desejava Geraldo Alckmin, homem ponderado, sempre em tom conciliador e que representaria a velha luta entre o PT e o PSDB. Não obstante, veio Bolsonaro – um verdadeiro candidato “anti-PT”. Por se tratar de um homem da área de segurança, desde o primeiro momento fui simpatizante da candidatura Bolsonarista, inicialmente sendo uma voz isolada no setor empresarial.

Fundei movimentos Bolsonaristas, apoiei o PSL e as propostas e ideias do movimento. Com o Brasil 200, fizemos vários eventos no auditório do Grupo Pinheiro, do qual sou CEO. Também fizemos pela Associação Comercial e Empresarial (Acese), onde sou presidente, grandes debates empresariais. Mas na vinda de Bolsonaro a Sergipe, ainda que eleitor dele de primeira hora, me recusei a ir tratar com alguns líderes empresariais em um auditório do Hotel Del Mar. Por entender que a função de presidente da Acese me obrigava a uma isenção.

Independente de não ter ido a essa audiência com Bolsonaro, criamos o primeiro grupo de empresários, funcionários públicos e profissionais liberais lá no Grupo Pinheiro com a intenção de apoiá-lo. Convidamos Waldir Viana, Lúcio Flávio e várias outras autoridades do setor público e privado que participaram da primeira reunião. Fundamos ali um grupo bacana que fez vários eventos.

Foram aqueles que abraçaram o então candidato do PSL pelo Brasil que ajudaram a conduzir Bolsonaro ao Palácio do Planalto. Vários grupos deram uma parcela de ajuda nessa peleja. Portanto, a bandeira de Bolsonaro é uma bandeira da sociedade. Uma bandeira do Brasil, suprapartidária. Ela está cima das eleições. Ela representa o rompimento desse sistema político que está aí.

Sabemos bem quem integrou as fileiras bolsonaristas desde o início. Tarantella, apesar das dificuldades, sempre foi grande defensor de Bolsonaro em Sergipe. Waldir Viana colaborou bastante conduzindo o PSL bem aqui no Estado. Até mesmo o senador Alessandro Vieira, hoje não muito bem quisto entre os apoiadores do nosso presidente, ajudou naquele momento, precisamos reconhecer.

E foi essa união de várias correntes que deram ao Brasil a oportunidade de um comando que rompesse com a política que tanto nos prejudicava. Então não cabe a Lúcio Flávio, Tarantella ou Waldir carregarem sozinhos o pavilhão desse projeto. Só posso lamentar que alguns queiram se apropriar da bandeira de Bolsonaro, se colocando como a única opção viável como representante do presidente.

Não é correto querem colher os frutos que não se semeou sozinho, como donos únicos de uma bandeira que não lhe pertence. Ao que parece, esse é o caso. E todos aqueles que se arvoraram de ser “puro-sangue Bolsonaro” nós já sabemos qual o perfil: Dórea, Witzel, Joice Hasselmann, e tantos outros. Seguir esse caminho é fazer a velha política.

Marco Pinheiro é empresário

Modificado em 25/07/2020 11:05

Universo Político: