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Bolsonaro ataca Paulo Freire e Iran parte para o revide

Por Luiz Sérgio Teles

Nesta terça-feira, dia 17, o deputado estadual Iran Barbosa (PT) rechaçou as críticas que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) fez ao educador e patrono da educação, Paulo Freire. Segundo Iran, o presidente abriu mão dos protocolos e ritos do cargo e escolheu Paulo Freire para ser atacado de forma suja, chamando-o, inclusive, de energúmeno.

“Na verdade, eu nem sei se o presidente, com o nível de intelectualidade que ele tem, sabe o alcance exato deste vocábulo. O presidente acusa Paulo Freire de ser de esquerda. Não sabe ele nem fazer a leitura do que Paulo Freire defendia politicamente, e ainda que ele fosse de esquerda, não é pelo fato de ter uma posição política que um presidente da República pode atacar. Chamar Paulo Freire de energúmeno expressa uma agressão, não só aos brasileiros, mas uma agressão internacional”, lamentou.

Iran enfatizou que, além de Paulo Freire ter sido declarado patrono da educação brasileira, é uma figura reconhecida mundialmente – e quem entende um pouco de educação tem nele uma grande referência. “Nossa Constituição impede que as pessoas sejam discriminadas por suas posições políticas e ideológicas, entre outras questões. Os deputados sergipanos reconheceram nele uma grande referência da educação nacional. Ele foi escolhido para ser atacado de forma suja por esse governo que aí está”, disse.

O deputado afirmou que Paulo Freire é uma grande referência, principalmente para aqueles que fizeram a opção por educar pessoas, e salientou que, talvez, o cheiro do povo que está vinculado ao educador é o que incomoda o atual staff presidencial, que embora não tenham as raízes originárias na elite brasileira, não gostam do cheiro do povo.

“Paulo Freire tem o cheiro do povo e pensou em educação para que ela pudesse emancipar o povo, não só do nosso país, mas o povo que puder ter acesso ao letramento. Essa governo não quer um povo que tenha capacidade crítica e que possa apoiar ou divergir, mas fazendo a análise crítica correta. Eu já enfrentei várias pessoas de posições ideológicas diferentes da minha, mas tinha a felicidade, ao longo do tempo, de mesmo com os algozes mais duros que enfrentei, de ter por eles o respeito “, disse.

Modificado em 17/12/2019 20:04

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