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Belivaldo e o desgaste da Assembleia Legislativa

Por Joedson Telles

A Assembleia Legislativa de Sergipe pode voltar a decidir, na sessão desta segunda-feira 3, quem preencherá a vaga de conselheiro aberta no Tribunal de Contas do Estado. Mais uma vez, a deputada Susana Azevedo x o secretário de Educação Belivaldo Chagas. A julgar pelos últimos acontecimentos, difícil é saber se Belivaldo, quando apela ao Judiciário na sua febre democrática pela vaga, faz mais mal à Assembleia Legislativa ou à sua própria biografia. O ex-deputado construiu uma história para muitos até abissal na Assembleia, mas se permite ao luxo de mesclá-la, hoje, com atitudes que desgastam a mesma Casa.

Longe de querer colocar em xeque o direito legítimo de Belivaldo, Susana ou de quem quer que seja de recorrer ao Judiciário para reparar quaisquer questões. É da democracia. O que inquieta, no entanto, é saber que um candidato que sabe como a política funciona, topa entrar no jogo, mas não conseguindo placar favorável com as ferramentas da própria política, apela à Justiça – mesmo tendo plena ciência do desgaste inevitável para a Assembleia enquanto poder. Isto, sim, merece uma reflexão.

Bolas! É fato. O governo, cujo candidato é Belivaldo, não tem maioria na Casa. A oposição já provou isso lá atrás quando da eleição da Mesa. Acentuou na vitória de Susana sobre o próprio Belivaldo. E ratificou, agora, com a prova dos 9 da polêmica questão do Proinveste. O que se está querendo?

Não creio que, agora, depois de desgastar a Casa na Justiça, Belivaldo conseguirá colher votos na bancada da oposição. Em nome do quê? Se antes da interferência do Judiciário, Susana não perdeu a eleição, imagine agora com a obrigação moral de o Legislativo se impor como poder? Deputado da oposição que mudar  o voto neste contexto, aliás, corre o risco de levantar suspeitas.

O pior é que aos olhos de quem não vive a política e não conhece Belivaldo, a insatisfação dele com a eleição de Susana, seguida do açodamento, pode soar receio de ficar desempregado, já que o governo Déda caminha para o seu último ano. Sem falar que Déda, como governador, pode exonerar qualquer secretário a qualquer hora. Evidente que não é isso que acontece. Belivaldo não chegaria a tanto. Todavia não deve faltar quem avalie que, à luz dos fatos, o TCE surge como a bóia de salvação de Belivaldo.

Modificado em 02/06/2013 21:10

Comentários (1)

  • Meu Deus !!!

    Incrível como o senhor escreve exatamente o que o grupo Amorim quer ler. Ao querer legitimar uma forçação de barra e referendar uma eleição incosntitucional o senhor rompe qualquer barreira da sensatez. Sem contar o direito legítimo de quem quer que seja ingressar no judiciário. Daqui a pouco vão mandar prender quem foi assaltado em detrimento do ladrão. Quanta inversão de valores!!

    Espero que dessa vez o meu comentário seja publicado.